quarta-feira, 14 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
Cinthya Verri no Polêmica Rádio Gaúcha [02/11/2012]
Convidados do Polêmica desta sexta-feira, 02/11, sobre a proposta de exigência de atestado médico para modelos: Médica psicoterapeuta, artista plástica, cantora, Cinthya Verri; Ex-modelo, produtora de desfiles e palestrante de moda, Madeleine Muller; Deputado federal (PDT) Enio Bacci; Médico nutrólogo Carlos Alberto Verutski; o apresentadors, Lauro Quadros.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Gainsbourg na Feira do Livro
Vou ao Cinema Porque Sim. O Cinema Porque Sim é aquele dia em que escolho um filme Porque Sim. Chego na sala em um horário qualquer que me convenha mais e opto por um título de que não sei nada a respeito: não conheço o elenco, nunca ouvi o nome do diretor. E compro como quem pede um sabor de sorvete novo ou uma fruta exótica: me dá um pouco disso. Às vezes, dou de cara com uma película incompreensível e sou toda a plateia. Mas, na maioria das vezes, tenho momentos interessantes. E, uma vez, tive uma experiência sobrenatural.
Foi naquele sábado que elegi O Homem que Amava as Mulheres, filme com Eric Elmosnino. Porque Sim.
Quando a vida de Gainsbourg ganhou a tela gigante, aquele som amplificando toda a intensidade dele, foi um choque. Ele era muito maior que o longa metragem, faltou filme. Saí me sentindo traída pelos franceses: como puderam esconder aquele homem de mim por tanto tempo? Eu incluí no grupo de sonegadores de Gainsbourg as professoras do colégio e o dono da rede Globo. Eles me mantiveram ocupada com a produção norte-americana e não tive notícias de Meu Grande Amor por trinta anos.
Fui atrás do tempo perdido: li as biografias, vi os filmes que encontrei onde ele participa como ator ou diretor. Todos os vídeos da internet que consegui. E, principalmente, ouvi todas as canções. Tudo, tudinho que achei.
A obsessão começou a ficar pública e ganhei até um vinil no aniversário. Quando começam a pensar em Gainsbourg como presente de aniversário é um sinal importante da frequência com que se fala no tema.
Pensei então que era minha vez. Eu não podia perpetuar o que fizeram comigo.
Alguma coisa para chamar a atenção sobre esse homem fabuloso era necessária; uma atitude radical que trouxesse o público mais próximo da obra incrível que ele produziu; uma ação extraordinária que explicasse as letras, que despertasse a curiosidade de meninas perdidas que não sabiam da existência deste gênio; uma montagem que avivasse a chama, que condensasse a alma numa gota, que tocasse quem tivesse a oportunidade de presenciar.
Paixão é assim: a gente fica escancaradamente doente de delírios de grandeza.
A verdade seja dita: não é porque não tenho todo esse arsenal de talento ou conhecimento artístico ou patrocínio da Rede Globo que não posso contar aqui meu desejo. Sim, queria chocar o Brasil com uma visão inovadora e fatal sobre o homem que amo tanto desde aquele sábado.
Mas podemos fazer o que podemos.
Eu estava preparando versões de canções do maestro, livres adaptações, para quando acontecesse alguma coisa. E decidi convidar colegas atores para fazermos vídeo clipes. Isso no encerramento do semestre do curso de atuação para televisão com o Bob Bahlis. E o Bob, sensível como quase ninguém, viu que meu sonho era outro; ele enxergou a faísca e teve a coragem que eu não tive: propôs que fizéssemos um espetáculo. E os colegas quiseram e, mais que isso, abraçaram a ideia e compusemos juntos o encantamento de estar no palco vivendo a vida de Serge Gainsbourg.
Eu me sinto a mais feliz das tietes, a mais realizada das meninas apaixonadas — capaz de colar um pôster do ídolo querido na porta do guardarroupa. Eu, aquela que não foi de nenhuma banda, estou descontando a promissória da adolescência em alto estilo só por causa dos amigos.
E quem sabe uma perdida na audiência descobre que é uma mulher que amava Gainsbourg e não sabia?
É no tapete voador do acaso que a gente descobre que tinha sonhos prontos para a inauguração. Mas só para quem vive o amor, que é o mais absolutamente Porque Sim de todos.
Foto Cristiano Godinho |
Espetáculo: As Mulheres que Amavam Gainsbourg.
Quando: Sábado, 27 de Outubro, 20h.
Onde: 58ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre - TENDA PASÁRGADA - entre o Memorial do Rio Grande do Sul e o Santander Cultural.
Quanto: gratuito.
O espetáculo "As mulheres que amavam Gainsbourg" estreia neste sábado, no segundo dia da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre.
A peça é uma homenagem ao músico, cantor, compositor e ator francês Serge Gainsbourg (2/4/1928 – 2/3/1991). É uma aproximação entre o público brasileiro e as composições líricas, criativas e que sempre desafiam o senso comum.
Considerado um poeta da melodia, Gainsbourg revolucionou a letra com histórias de duplo sentido, um gosto todo plástico para temas contemporâneos e personagens do dia-a-dia.
Pela voz dele, ficamos conhecendo o que pensa o bilheteiro do trem, o órfão, o apaixonado, o desiludido, o bêbado.
Na peça, além de belas canções traduzidas do francês para o português, atores interpretam textos na primeira pessoa, como se fossem o próprio Serge Gainsbourg.
O show quer revestir as canções com traduções lúcidas e irreverentes, na intenção de manter o espírito e a ideia do autor, mas alcançando o sentido à audiência brasileira.
As versões não são adaptações com objetivo comercial. Os temas são desenvolvidos buscando uma tríade de melodia, inteligência e surpresa.
Tudo para aumentar a experiência com o universo do autor.
A direção geral e roteiro são de Bob Bahlis.
“Serge Gainsbourg está no inconsciente da minha geração. Quando criança, lembro perfeitamente de escutar as músicas do francês por tabela, na vitrola dos meus pais. Sem contar que a música Je t'aime me deixava muito curioso”, diz Bob Bahlis.
Je t'aime moi non plus havia sido composta originalmente para Brigitte, mas ela, insegura com o escândalo que a música poderia causar — e que certamente causou, preferiu não lançar o dueto. Serge investiu na gravação com a esposa Jane Birkin e o sucesso atingiu proporções mundiais. Após quebrar a expectativa moral com a canção mais sexual da história, Serge ainda rompeu o tabu ufanista gravando uma versão reggae do hino nacional francês — no primeiro disco de reggae do idioma, gravado na Jamaica.
Playlist do Espetáculo:
Comic Strip (Comic Strip)
Marilou Sobre a Neve (Marilou Sous la Neige)
Eu Bebo (Je bois/Intoxicated Man)
A Javanesa (La Javanaise)
Canário na Varanda (Le Canari Est Sur le Balcon)
Senhor William (Monsieur William)
Aux Armes (Aux Armes)
Outono nos Livros (Je Suis venu te Dire que Je m'en Vais)
Eu te Amo... Nem Eu. (Je T'aime... Moi non plus)
As canções foram traduzidas e reescritas por Cinthya Verri e receberam uma roupagem nova, pelo grupo que ama Serge.
Gainsbourg na Feira do Livro
Vou ao Cinema Porque Sim. O Cinema Porque Sim é aquele dia em que escolho um filme Porque Sim. Chego na sala em um horário qualquer que me convenha mais e opto por um título de que não sei nada a respeito: não conheço o elenco, nunca ouvi o nome do diretor. E compro como quem pede um sabor de sorvete novo ou uma fruta exótica: me dá um pouco disso. Às vezes, dou de cara com uma película incompreensível e sou toda a plateia. Mas, na maioria das vezes, tenho momentos interessantes. E, uma vez, tive uma experiência sobrenatural.
Foi naquele sábado que elegi O Homem que Amava as Mulheres, filme com Eric Elmosnino. Porque Sim.
Quando a vida de Gainsbourg ganhou a tela gigante, aquele som amplificando toda a intensidade dele, foi um choque. Ele era muito maior que o longa metragem, faltou filme. Saí me sentindo traída pelos franceses: como puderam esconder aquele homem de mim por tanto tempo? Eu incluí no grupo de sonegadores de Gainsbourg as professoras do colégio e o dono da rede Globo. Eles me mantiveram ocupada com a produção norte-americana e não tive notícias de Meu Grande Amor por trinta anos.
Fui atrás do tempo perdido: li as biografias, vi os filmes que encontrei onde ele participa como ator ou diretor. Todos os vídeos da internet que consegui. E, principalmente, ouvi todas as canções. Tudo, tudinho que achei.
A obsessão começou a ficar pública e ganhei até um vinil no aniversário. Quando começam a pensar em Gainsbourg como presente de aniversário é um sinal importante da frequência com que se fala no tema.
Pensei então que era minha vez. Eu não podia perpetuar o que fizeram comigo.
Alguma coisa para chamar a atenção sobre esse homem fabuloso era necessária; uma atitude radical que trouxesse o público mais próximo da obra incrível que ele produziu; uma ação extraordinária que explicasse as letras, que despertasse a curiosidade de meninas perdidas que não sabiam da existência deste gênio; uma montagem que avivasse a chama, que condensasse a alma numa gota, que tocasse quem tivesse a oportunidade de presenciar.
Paixão é assim: a gente fica escancaradamente doente de delírios de grandeza.
A verdade seja dita: não é porque não tenho todo esse arsenal de talento ou conhecimento artístico ou patrocínio da Rede Globo que não posso contar aqui meu desejo. Sim, queria chocar o Brasil com uma visão inovadora e fatal sobre o homem que amo tanto desde aquele sábado.
Mas podemos fazer o que podemos.
Eu estava preparando versões de canções do maestro, livres adaptações, para quando acontecesse alguma coisa. E decidi convidar colegas atores para fazermos vídeo clipes. Isso no encerramento do semestre do curso de atuação para televisão com o Bob Bahlis. E o Bob, sensível como quase ninguém, viu que meu sonho era outro; ele enxergou a faísca e teve a coragem que eu não tive: propôs que fizéssemos um espetáculo. E os colegas quiseram e, mais que isso, abraçaram a ideia e compusemos juntos o encantamento de estar no palco vivendo a vida de Serge Gainsbourg.
Eu me sinto a mais feliz das tietes, a mais realizada das meninas apaixonadas — capaz de colar um pôster do ídolo querido na porta do guardarroupa. Eu, aquela que não foi de nenhuma banda, estou descontando a promissória da adolescência em alto estilo só por causa dos amigos.
E quem sabe uma perdida na audiência descobre que é uma mulher que amava Gainsbourg e não sabia?
É no tapete voador do acaso que a gente descobre que tinha sonhos prontos para a inauguração. Mas só para quem vive o amor, que é o mais absolutamente Porque Sim de todos.
Foto Cristiano Godinho |
Espetáculo: As Mulheres que Amavam Gainsbourg.
Quando: Sábado, 27 de Outubro, 20h.
Onde: 58ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre - TENDA PASÁRGADA - entre o Memorial do Rio Grande do Sul e o Santander Cultural.
Quanto: gratuito.
O espetáculo "As mulheres que amavam Gainsbourg" estreia neste sábado, no segundo dia da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre.
A peça é uma homenagem ao músico, cantor, compositor e ator francês Serge Gainsbourg (2/4/1928 – 2/3/1991). É uma aproximação entre o público brasileiro e as composições líricas, criativas e que sempre desafiam o senso comum.
Considerado um poeta da melodia, Gainsbourg revolucionou a letra com histórias de duplo sentido, um gosto todo plástico para temas contemporâneos e personagens do dia-a-dia.
Pela voz dele, ficamos conhecendo o que pensa o bilheteiro do trem, o órfão, o apaixonado, o desiludido, o bêbado.
Na peça, além de belas canções traduzidas do francês para o português, atores interpretam textos na primeira pessoa, como se fossem o próprio Serge Gainsbourg.
O show quer revestir as canções com traduções lúcidas e irreverentes, na intenção de manter o espírito e a ideia do autor, mas alcançando o sentido à audiência brasileira.
As versões não são adaptações com objetivo comercial. Os temas são desenvolvidos buscando uma tríade de melodia, inteligência e surpresa.
Tudo para aumentar a experiência com o universo do autor.
A direção geral e roteiro são de Bob Bahlis.
“Serge Gainsbourg está no inconsciente da minha geração. Quando criança, lembro perfeitamente de escutar as músicas do francês por tabela, na vitrola dos meus pais. Sem contar que a música Je t'aime me deixava muito curioso”, diz Bob Bahlis.
Je t'aime moi non plus havia sido composta originalmente para Brigitte, mas ela, insegura com o escândalo que a música poderia causar — e que certamente causou, preferiu não lançar o dueto. Serge investiu na gravação com a esposa Jane Birkin e o sucesso atingiu proporções mundiais. Após quebrar a expectativa moral com a canção mais sexual da história, Serge ainda rompeu o tabu ufanista gravando uma versão reggae do hino nacional francês — no primeiro disco de reggae do idioma, gravado na Jamaica.
Playlist do Espetáculo:
Comic Strip (Comic Strip)
Marilou Sobre a Neve (Marilou Sous la Neige)
Eu Bebo (Je bois/Intoxicated Man)
A Javanesa (La Javanaise)
Canário na Varanda (Le Canari Est Sur le Balcon)
Senhor William (Monsieur William)
Aux Armes (Aux Armes)
Outono nos Livros (Je Suis venu te Dire que Je m'en Vais)
Eu te Amo... Nem Eu. (Je T'aime... Moi non plus)
As canções foram traduzidas e reescritas por Cinthya Verri e receberam uma roupagem nova, pelo grupo que ama Serge.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
CVExplica #Tatuagem
Confecção da tatuagem nova pelo Edu Tattoo. |
CVExplica: sua sessão imperdível de explicações fundamentais na Rádio Elétrica.
Acompanhe na http://www.radioeletrica.com
[+ou- 21h], quintas, na Rádio Elétrica
participe ao vivo no msn/email cvexplica@hotmail.com
add Skype CVExplica
curta no http://facebook.com/CVExplica
OUÇA O AUDIO do programa de hoje:
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
[Preview] Documentário As Mulheres que Amavam Gainsbourg
Prévia do documentário que apresenta a vida e a obra de Serge Gainsbourg.
[Em breve, estreia o espetáculo As Mulheres que Amavam Gainsbourg]
Direção: Bob Bahlis
Produção e Edição: Cinthya Verri
Elenco deste documentário: Boni Rangel, Eliana Guedes, Fátima Reis, Cinthya Verri e Jordan Martini
Ficha Técnica do Espetáculo [As Mulheres que Amavam Gainsbourg]
Direção: Bob Bahlis
Elenco: Boni Rangel, Cinthya Verri, Cristiano Godinho, Eliana Guedes, Fabíola Barreto, Fernanda Moreno, Jordan Maritini, Martha Brito.
Músicos: Cinthya Verri, Cristiano Sassá, Danniel Coelho, Eliana Guedes e Lule Bruno.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
CVExplica Gainsbourg com Cristiano Godinho
Cristiano Godinho |
Hoje no CVExplica — Minissérie Gainsbourg [últimos capítulos]
Gainsbarre com Cristiano Godinho.
[+ou- 21h] http://radioeletrica.com
Queremos saber sua opinião: o que você gostaria de saber sobre o Gainsbourg? O que você gostaria de ver neste espetáculo? Qual música não pode faltar?
Participe! Skype CVExplica
E pelo Facebook!
Ouça o audio do CVExplica de ontem: Gainsbourg/Gainsbarre com Cristiano Godinho.
http://soundcloud.com/cvexplica/cvexplica
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
CVExplica L'Homme a Tête de Chou com Fabíola Barreto
[CVExplica Minissérie Gainsbourg] com Fabíola Barreto.
Conheça mais sobre a personalidade de Gainsbourg, o perfil astrológico (ocidental e oriental), pílulas de sabedoria do maestro e o álbum L'homme a Tête de Chou (Homem com a Cabeça de Repolho) — o homem que enlouquece de amor e a presença de Marilou na vida de Serge Gainsbourg.
Queremos saber sua opinião: o que você gostaria de saber sobre o Gainsbourg? O que você gostaria de ver neste espetáculo? Qual música não pode faltar?
Participe! Skype CVExplica
E pelo Facebook! http://facebook.com/cvexplica
OUÇA aqui:
http://soundcloud.com/cl-nica-verri/cvexplica-gainsbourg-com-fab
OUÇA aqui:
http://soundcloud.com/cl-nica-verri/cvexplica-gainsbourg-com-fab
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
CVExplica Melody Nelson com Martha Brito
[Hoje: CVExplica Gainsbourg Programa 03] Com Martha Brito — [Melody Nelson]
Uma minissérie de programas que explica a vida e obra de Serge Gainsbourg.
O programa de hoje apresenta a atriz e cantora Martha Brito
Saiba o que ela pensa sobre Gainsbourg, sobre seus projetos e ouças as canções que escolhemos para esse programa — relacionado com o álbum Melody Nelson
Queremos saber sua opinião: o que você gostaria de saber sobre o Gainsbourg? O que você gostaria de ver neste espetáculo? Qual música não pode faltar?
Participe! Skype CVExplica
E pelo Facebook!
E mais:
os boletins imperdíveis de Tarso Fortes e Eduardo Nasi
Ouça aqui
http://soundcloud.com/cl-nica-verri/projeto-gainsbourg-marthabrito
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
[CVExplica Gainsbourg] Programa 02
[Hoje: CVExplica Gainsbourg Programa 02] Com Eliana Guedes — [Anna]
Uma minissérie de programas que explica a vida e obra de Serge Gainsbourg.
O programa de hoje apresenta a multimusical escritora radialista atriz artista plástica Eliana Guedes
Saiba o que ela pensa sobre Gainsbourg, sobre seus projetos e ouças as canções que escolhemos para esse programa — relacionado com a comédia musical Anna.
Queremos saber sua opinião: o que você gostaria de saber sobre o Gainsbourg? O que você gostaria de ver neste espetáculo? Qual música não pode faltar?
Participe! Skype CVExplica
E pelo Facebook!
E mais:
os boletins imperdíveis de Tarso Fortes e Eduardo Nasi
Conheça o blog da Eli: http://maviedansmonile.blogspot.com.br/
domingo, 26 de agosto de 2012
[Quase Perfeito] ANTESSALA DA SEPARAÇÃO
Arte de Cínthya Verri
“Tenho medo de ser trocada. Namoro há um ano, e de uns dois meses para cá, meu relacionamento está diferente. Acho meu namorado distante. Tudo o que acontece me faz pensar que ele está a fim de outra, a começar pelas mulheres que adiciona no Facebook. Será que estou neurótica ou ele manda sinais para pular fora? Beijo, Elis”
Querida Elis,
Não está neurótica. É uma constatação de que o relacionamento esfriou. Observou que ele age diferente e já é necessário tomar uma atitude.
Dividir a dúvida é melhor do que telepatia. Caso ele se sinta ofendido com a pergunta, tanto faz, pelo menos estará avisado. Essencial que ele tome conhecimento de que você sabe que algo mudou, que não vão se distanciar impunemente.
A maior causa de morte do amor é a omissão: o outro enxerga o fim, mas não quer acreditar.
Quais os sinais do tédio amoroso?
Quando ele não responde as provocações costumeiras, não explica os trabalhos, passa a dormir no lado contrário da cama, não tem paciência nem para se chatear e lhe dá razão de graça, não renova convites para sair e se contenta com sua primeira recusa, faz questão de viver pela casa em horários diferentes, evita a convivência com sua curiosidade, a agenda social dele deixou de incluí-la.
O tédio é a antessala da separação. Há um longo corredor pela frente, que pode ser alterado com sua disposição em ouvir e entender o que vem aborrecendo seu namorado. Deve ser uma frustração pequena que cresceu em silêncio. O incidente que gerou a tristeza deve ser bobo para você, mas importante para ele, por isso não reparou.
Sobre o medo de ser trocada, não tem nada ver, é um segundo momento, quando a monotonia não produz nenhuma revolução.
Não sofra com as mulheres que ele adiciona no Facebook. Na hipótese de traição, apagaria os contatos.
Homem infiel não é frio, não é quieto, mas exagerado. Com culpa no cartório, busca sufocar a verdade comprando presentes, flores e se derramando em elogios e declarações à toa.
Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar
Fabrício Carpinejar
Querida Elis,
O movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol junto com os planetas. A velocidade média para viajar esta órbita é de 107.000 km por hora, e o tempo necessário para completá-la é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos.
Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é chamado ano.
É um bom período de tempo para conhecermos alguém. Doze meses de convivência contam na construção do entendimento sobre suas rotinas, seus hábitos, suas estações. É a primeira apresentação, a primeira grande volta que damos juntos. Uma páscoa, um natal, férias de julho, um inverno, um verão, um dia dos namorados, os aniversários e assim por diante. Vocês estão à beira do convite para prosseguir. Será que não desejam? O que será que está assustando?
Desenvolver um namoro depende dos dois; gostar conta com a contribuição de ambos. Se a relação perdeu a força, é preciso olhar melhor e conversar tão logo possível e com a máxima franqueza que se conseguir. A conversa é o mestre-sala dos mares.
Pensar que seu namorado planeja terminar pode estar encobrindo sua própria vontade de partir. Quando um começa a ser menos carinhoso, e não se dá conta pode provocar o desinteresse sem necessariamente assinar a autoria.
Quando as coisas não estão claras dentro da gente, é pretensioso procurar a nitidez dentro do outro. Investigue a si mesma: já renderia uma série policial imensa e interessante. Garantia de aventuras sem fim. E mais: na dúvida, faça o que você quer. Se a vontade dele concorda com a sua, melhor; se não, nada há a fazer.
Beijos meus,
Cínthya Verri
Cínthya Verri
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, Caderno Donna, p. 6
Porto Alegre (RS), 26/08/2012 Edição N° 17173
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
Porto Alegre (RS), 26/08/2012 Edição N° 17173
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
[Quase Perfeito] ANTESSALA DA SEPARAÇÃO
Arte de Cínthya Verri
“Tenho medo de ser trocada. Namoro há um ano, e de uns dois meses para cá, meu relacionamento está diferente. Acho meu namorado distante. Tudo o que acontece me faz pensar que ele está a fim de outra, a começar pelas mulheres que adiciona no Facebook. Será que estou neurótica ou ele manda sinais para pular fora? Beijo, Elis”
Querida Elis,
Não está neurótica. É uma constatação de que o relacionamento esfriou. Observou que ele age diferente e já é necessário tomar uma atitude.
Dividir a dúvida é melhor do que telepatia. Caso ele se sinta ofendido com a pergunta, tanto faz, pelo menos estará avisado. Essencial que ele tome conhecimento de que você sabe que algo mudou, que não vão se distanciar impunemente.
A maior causa de morte do amor é a omissão: o outro enxerga o fim, mas não quer acreditar.
Quais os sinais do tédio amoroso?
Quando ele não responde as provocações costumeiras, não explica os trabalhos, passa a dormir no lado contrário da cama, não tem paciência nem para se chatear e lhe dá razão de graça, não renova convites para sair e se contenta com sua primeira recusa, faz questão de viver pela casa em horários diferentes, evita a convivência com sua curiosidade, a agenda social dele deixou de incluí-la.
O tédio é a antessala da separação. Há um longo corredor pela frente, que pode ser alterado com sua disposição em ouvir e entender o que vem aborrecendo seu namorado. Deve ser uma frustração pequena que cresceu em silêncio. O incidente que gerou a tristeza deve ser bobo para você, mas importante para ele, por isso não reparou.
Sobre o medo de ser trocada, não tem nada ver, é um segundo momento, quando a monotonia não produz nenhuma revolução.
Não sofra com as mulheres que ele adiciona no Facebook. Na hipótese de traição, apagaria os contatos.
Homem infiel não é frio, não é quieto, mas exagerado. Com culpa no cartório, busca sufocar a verdade comprando presentes, flores e se derramando em elogios e declarações à toa.
Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar
Fabrício Carpinejar
Querida Elis,
O movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol junto com os planetas. A velocidade média para viajar esta órbita é de 107.000 km por hora, e o tempo necessário para completá-la é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos.
Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é chamado ano.
É um bom período de tempo para conhecermos alguém. Doze meses de convivência contam na construção do entendimento sobre suas rotinas, seus hábitos, suas estações. É a primeira apresentação, a primeira grande volta que damos juntos. Uma páscoa, um natal, férias de julho, um inverno, um verão, um dia dos namorados, os aniversários e assim por diante. Vocês estão à beira do convite para prosseguir. Será que não desejam? O que será que está assustando?
Desenvolver um namoro depende dos dois; gostar conta com a contribuição de ambos. Se a relação perdeu a força, é preciso olhar melhor e conversar tão logo possível e com a máxima franqueza que se conseguir. A conversa é o mestre-sala dos mares.
Pensar que seu namorado planeja terminar pode estar encobrindo sua própria vontade de partir. Quando um começa a ser menos carinhoso, e não se dá conta pode provocar o desinteresse sem necessariamente assinar a autoria.
Quando as coisas não estão claras dentro da gente, é pretensioso procurar a nitidez dentro do outro. Investigue a si mesma: já renderia uma série policial imensa e interessante. Garantia de aventuras sem fim. E mais: na dúvida, faça o que você quer. Se a vontade dele concorda com a sua, melhor; se não, nada há a fazer.
Beijos meus,
Cínthya Verri
Cínthya Verri
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, Caderno Donna, p. 6
Porto Alegre (RS), 26/08/2012 Edição N° 17173
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
Porto Alegre (RS), 26/08/2012 Edição N° 17173
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
[no ar o CVExplica Gainsbourg Programa 01] Bob Bahlis
[no ar o CVExplica Gainsbourg Programa 01]
Uma minissérie de programas que explica a vida e obra de Serge Gainsbourg.
OUÇA O AUDIO AQUI
O programa de hoje apresenta o diretor do espetáculo As Mulheres que Amavam Gainsbourg que estamos construindo.
Saiba o que pensa Bob Bahlis sobre Gainsbourg, sobre seus projetos e ouças as canções que escolhemos para esse programa.
Queremos saber sua opinião: o que você gostaria de saber sobre o Gainsbourg? O que você gostaria de ver neste espetáculo? Qual música não pode faltar?
Participe! Skype CVExplica
E pelo Facebook!
E mais:
os boletins imperdíveis de Tarso Fortes e Eduardo Nasi
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Ilustra para [Sim e Não]
Ilustra para [Sim e Não] crônica de Fabrício Carpinejar no site VidaBreve
"Não mexa no iogurte dela. Ela tem uma técnica especial para enrodilhar a tampa, é estragar um dos melhores momentos de sua vida e desperdiçar a nata que se acumula no alumínio.
Já pode desenroscar à vontade sua garrafa da água. Ela não vê nenhuma arte nisso."
Siga lendo: http://www.vidabreve.com/uncategorized/sim-e-nao
domingo, 19 de agosto de 2012
[Ilustra] Macumba na Esquina do Quarto
“Olá, tenho 31 anos, me envolvi com um rapaz que saía de uma relação. Carinhoso e atencioso, me fazia acreditar que estava realmente envolvido. Me sentia querida e desejada. Um mês depois, ele reatou o relacionamento anterior. Dizia gostar de mim e estar indeciso. Pode ele ter fingido tudo? Beijo, Janice”.
Leia as respostas aqui: http://bouchevilleporescrito.blogspot.com.br/2012/08/macumba-na-esquina-do-quarto.html
MACUMBA NA ESQUINA DO QUARTO
Arte de Cínthya Verri
“Olá, tenho 31 anos, me envolvi com um rapaz que saía de uma relação. Carinhoso e atencioso, me fazia acreditar que estava realmente envolvido. Me sentia querida e desejada. Um mês depois, ele reatou o relacionamento anterior. Dizia gostar de mim e estar indeciso. Pode ele ter fingido tudo? Beijo, Janice”.
Querida Janice,
Homem não pensa, emenda relacionamentos. Quem pensa é a mulher, que se dispõe a morar sozinha após longa convivência.
Separação, para o homem, é férias. Separação, para a mulher, é luto.
Ela faz o certo que é se recuperar da simbiose e trocar devagar os vínculos. Experimenta uma espécie de desintoxicação da personalidade. O fim do amor não é somente dividir os objetos e colocá-los numa caixinha, mas realizar a partilha emocional, bem mais demorada: que consiste em refinar a memória, as virtudes e os defeitos.
A figura masculina tem o estranho hábito de sair de um casamento direto para outro. Uma prova dessa mentalidade é que confunde o nome de sua companhia com mais frequência do que a mulher. Troca porque nunca teve tempo para absorver a mudança.
Quando não cola amores, rompe, namora um pouco para logo voltar atrás. O namoro ou o caso extraconjugal seria seu período de reflexão.
Foi o que aconteceu. Ele espiou a vida lá fora com você, se valia a pena permanecer ou não com a antiga namorada.
Seu rapaz encantador, portanto, não fingiu. Nem cabe se sentir usada – ele não agiu com deliberada consciência.
Realmente arriscou uma nova combinação, foi feliz, mas faltou solidão (que gera independência) para superar a vida passada.
Eu pensaria diferente: não foi você que ele não escolheu, ele nunca abandonou a ex. Estava sob o domínio dos hábitos e fetiches anteriores. Era um intervalo, não um recomeço.
Evite partidos que recém se separaram. É casca grossa: deve ter estômago para aguentar as macumbas na esquina e as assombrações no quarto.
Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar
Querida Janice,
A maior fonte de alegria para uma pessoa é outra pessoa. Quem me disse isso foi Vicente Cecim, querido amigo e escritor. Penso nisso quando leio sua carta e percebo tanta saudade do que sentiu durante essa relação. Foram intensos e caros momentos. Estiveram envolvidos de maneira sincera. Quando a paixão é plena, ela não sabe ser unilateral. Ninguém sente isso sozinho.
Disse que ele era encantador, mas quem é ensolarado brilha para todos. Nunca houve exclusividade na ternura e o eco atrai fantasmas: talvez você desconfiasse dessa generosidade de afeto; e a insegurança cresce com a ausência.
Você queria que ele fosse seu. Ele foi, mas isso parece não bastar. Você se sente enganada; traída pelo futuro que ele quis diferente. Está faltando compreender que a guerra não exclui a paz.
Ele saía de uma relação complexa e anterior. Isso não era segredo. Nem é mistério para ninguém a força que o hábito exerce sobre nós: como é difícil mudarmos nossos costumes! Montamos a cozinha como era a de nossa mãe. Acordamos um dia, e os panos de prato estão na terceira gaveta. O que não é pensado acaba repetido.
É uma questão econômica. Há toda uma rede de adaptação envolvida: alto investimento é feito quando nos unimos com alguém. Essa estrutura cobra seu preço na hora da separação. Quanto maior o tempo, mais caro sai. Não que seja impossível, nada é; nem que não seja necessário, muitas vezes é a única maneira.
Chegou a sua vez de ir adiante. Leve na mala a sua competência de gostar, ela está comprovada. O resto fica por conta do acaso.
Beijos meus,
Cínthya Verri
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, Caderno Donna, p. 6
Porto Alegre (RS), 19/08/2012 Edição N° 17166
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
Porto Alegre (RS), 19/08/2012 Edição N° 17166
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
MACUMBA NA ESQUINA DO QUARTO
Arte de Cínthya Verri
“Olá, tenho 31 anos, me envolvi com um rapaz que saía de uma relação. Carinhoso e atencioso, me fazia acreditar que estava realmente envolvido. Me sentia querida e desejada. Um mês depois, ele reatou o relacionamento anterior. Dizia gostar de mim e estar indeciso. Pode ele ter fingido tudo? Beijo, Janice”.
Querida Janice,
Homem não pensa, emenda relacionamentos. Quem pensa é a mulher, que se dispõe a morar sozinha após longa convivência.
Separação, para o homem, é férias. Separação, para a mulher, é luto.
Ela faz o certo que é se recuperar da simbiose e trocar devagar os vínculos. Experimenta uma espécie de desintoxicação da personalidade. O fim do amor não é somente dividir os objetos e colocá-los numa caixinha, mas realizar a partilha emocional, bem mais demorada: que consiste em refinar a memória, as virtudes e os defeitos.
A figura masculina tem o estranho hábito de sair de um casamento direto para outro. Uma prova dessa mentalidade é que confunde o nome de sua companhia com mais frequência do que a mulher. Troca porque nunca teve tempo para absorver a mudança.
Quando não cola amores, rompe, namora um pouco para logo voltar atrás. O namoro ou o caso extraconjugal seria seu período de reflexão.
Foi o que aconteceu. Ele espiou a vida lá fora com você, se valia a pena permanecer ou não com a antiga namorada.
Seu rapaz encantador, portanto, não fingiu. Nem cabe se sentir usada – ele não agiu com deliberada consciência.
Realmente arriscou uma nova combinação, foi feliz, mas faltou solidão (que gera independência) para superar a vida passada.
Eu pensaria diferente: não foi você que ele não escolheu, ele nunca abandonou a ex. Estava sob o domínio dos hábitos e fetiches anteriores. Era um intervalo, não um recomeço.
Evite partidos que recém se separaram. É casca grossa: deve ter estômago para aguentar as macumbas na esquina e as assombrações no quarto.
Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar
Querida Janice,
A maior fonte de alegria para uma pessoa é outra pessoa. Quem me disse isso foi Vicente Cecim, querido amigo e escritor. Penso nisso quando leio sua carta e percebo tanta saudade do que sentiu durante essa relação. Foram intensos e caros momentos. Estiveram envolvidos de maneira sincera. Quando a paixão é plena, ela não sabe ser unilateral. Ninguém sente isso sozinho.
Disse que ele era encantador, mas quem é ensolarado brilha para todos. Nunca houve exclusividade na ternura e o eco atrai fantasmas: talvez você desconfiasse dessa generosidade de afeto; e a insegurança cresce com a ausência.
Você queria que ele fosse seu. Ele foi, mas isso parece não bastar. Você se sente enganada; traída pelo futuro que ele quis diferente. Está faltando compreender que a guerra não exclui a paz.
Ele saía de uma relação complexa e anterior. Isso não era segredo. Nem é mistério para ninguém a força que o hábito exerce sobre nós: como é difícil mudarmos nossos costumes! Montamos a cozinha como era a de nossa mãe. Acordamos um dia, e os panos de prato estão na terceira gaveta. O que não é pensado acaba repetido.
É uma questão econômica. Há toda uma rede de adaptação envolvida: alto investimento é feito quando nos unimos com alguém. Essa estrutura cobra seu preço na hora da separação. Quanto maior o tempo, mais caro sai. Não que seja impossível, nada é; nem que não seja necessário, muitas vezes é a única maneira.
Chegou a sua vez de ir adiante. Leve na mala a sua competência de gostar, ela está comprovada. O resto fica por conta do acaso.
Beijos meus,
Cínthya Verri
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, Caderno Donna, p. 6
Porto Alegre (RS), 19/08/2012 Edição N° 17166
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
Porto Alegre (RS), 19/08/2012 Edição N° 17166
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012
[no ar o CVExplica Gainsbourg Programa 00]
[no ar o CVExplica Gainsbourg Programa 00]
Uma minissérie de programas que explica a vida e obra de Serge Gainsbourg.
O programa de hoje apresenta o Espetáculo As Mulheres que Amavam Gainsbourg que estamos construindo.
Em primeira mão, faixas inéditas com algumas versões das canções do maestro.
Queremos saber sua opinião: o que você gostaria de saber sobre o Gainsbourg? O que você gostaria de ver neste espetáculo? Qual música não pode faltar?
Participe! Skype CVExplica
E pelo Facebook!
E mais: os boletins imperdíveis de Tarso Fortes e Eduardo Nasi
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
[Ilustração] Declaração de Bem
DECLARAÇÃO DE BEM
[Crônica de Fabrício Carpinejar]
Nasci para arruinar surpresas.
Bato a língua com os dentes. Acabo revelando ao aniversariante festa armada secretamente, entrego paixões platônicas dos amigos.
Deus nunca me confiaria os segredos de Fátima porque transformaria em fofocas de Fátima.
Sou um estraga-prazer declarado.
Siga lendo no Vida Breve:
http://www.vidabreve.com/uncategorized/declaracao-de-bem
domingo, 12 de agosto de 2012
AMIZADE COLORIDA FUNCIONA?
Arte de Cínthya Verri
“Querido casal! Tenho uma amizade colorida há três anos. Até que ponto é saudável isto? Há regras? Somos muito amigos, ele me conta relacionamentos, eu me fecho. Ele pergunta: ‘Já imaginou se nos apaixonarmos?’. E eu: ‘Deixa rolar, estamos sujeitos a isso!’ Um beijo. Alice”
Querida Alice,
A amizade é o ferrolho da adolescência, onde nos protegemos das frustrações. Vocês estão brincando de pega-pega. Quando ele vai lhe alcançar, finge que não quer e se salva por mais um tempo. Mas o que mais deseja é perder a brincadeira para ganhá-lo. Desistir de competir para estar junto.
O medo de arruinar a convivência é uma desculpa furada. Sempre pensamos que podemos fazer a pessoa mais feliz do que é. No fundo, somos confiantes, somos orgulhosos, somos os melhores.
Vem deixando de falar o que sente por receio de levar um fora. Não é por generosidade ou para salvar o passado ou pelo bem dos dois. A covardia tem o costume de se esconder na timidez.
São três anos de hesitações e incertezas. É muito sofrimento à toa, tortura emocional, pequenos testes e provas.
Vocês estão por um fiozinho, a corda mais do que esticada, um olhando a boca do outro pelas três palavras redentoras. Na paixão, não existe fiado. Tem que falar na hora senão o sentimento muda e vira ressentimento.
Não transfira a responsabilidade, não sofra ouvindo casinhos, bancando a forte e inflexível, esclarecida e disponível, mas morrendo de ciúme em segredo. Esgote as possibilidades antes de se conformar. Ninguém é mais forte do que o amor. A fraqueza é sincera e sábia.
Se ele diz:
– Não quero estragar nossa amizade.
Responda com convicção:
– Eu quero estragar nossa amizade.
A réplica será um beijo. E sua tréplica será um novo beijo.
Declare-se, agora.
Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar
Querida Alice,
Era uma vez, a primeira noite da lua-de-mel:
– Querido, vá fechar a porta que dá para a rua. Ficou aberta.
– Fechar a porta? Eu? O noivo? Deve estar louca. Vá fechá-la você mesma.
– Ah, é? – gritou a noiva – Pensa que sou sua escrava? Não acredito!
Decidiram: o primeiro que falasse faria a tarefa. Sentaram-se em silêncio.
Ladrões aproveitaram a entrada destravada e recolheram tudo o que puderam. O casal testemunhava mudo.
Pela manhã, dois policiais investigaram a estranha casa desprotegida. Diante do silêncio abusivo, cada vez mais irritados, um deles disse ao parceiro:
– Dê um tapa neste homem para que recupere a razão.
Então a mulher explodiu:
– Por favor, não batam nele!
– Ganhei! – gritou imediatamente o marido. – Você vai fechar a porta!
Alice, é bonito que esteja questionando. Conversar já mostra que não tem vocação para o sofrimento. Quando pergunta se há regras, pressente que alguma coisa não anda generosa entre os dois. É questão de equidade: aplicar cada norma a cada caso. Ele fala de outras mulheres, você guarda a quietude. Por quê? Não está apenas esperando por ele secretamente? Fingindo modernidade?
Amizades coloridas existem, são possíveis com respeito e honestidade, cumplicidade e bom humor. Talvez seja o caso. O ponto saudável é não haver sacrifícios; coragem de se entregar sem morrer para si. Saúde é ter a autonomia para depender. Não é vergonha assumir que seu amor mantém a janela aberta.
Beijos meus,
Cínthya Verri
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, Caderno Donna, p. 6
Porto Alegre (RS), 12/08/2012 Edição N° 17159
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
Porto Alegre (RS), 12/08/2012 Edição N° 17159
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
AMIZADE COLORIDA FUNCIONA?
Arte de Cínthya Verri
“Querido casal! Tenho uma amizade colorida há três anos. Até que ponto é saudável isto? Há regras? Somos muito amigos, ele me conta relacionamentos, eu me fecho. Ele pergunta: ‘Já imaginou se nos apaixonarmos?’. E eu: ‘Deixa rolar, estamos sujeitos a isso!’ Um beijo. Alice”
Querida Alice,
A amizade é o ferrolho da adolescência, onde nos protegemos das frustrações. Vocês estão brincando de pega-pega. Quando ele vai lhe alcançar, finge que não quer e se salva por mais um tempo. Mas o que mais deseja é perder a brincadeira para ganhá-lo. Desistir de competir para estar junto.
O medo de arruinar a convivência é uma desculpa furada. Sempre pensamos que podemos fazer a pessoa mais feliz do que é. No fundo, somos confiantes, somos orgulhosos, somos os melhores.
Vem deixando de falar o que sente por receio de levar um fora. Não é por generosidade ou para salvar o passado ou pelo bem dos dois. A covardia tem o costume de se esconder na timidez.
São três anos de hesitações e incertezas. É muito sofrimento à toa, tortura emocional, pequenos testes e provas.
Vocês estão por um fiozinho, a corda mais do que esticada, um olhando a boca do outro pelas três palavras redentoras. Na paixão, não existe fiado. Tem que falar na hora senão o sentimento muda e vira ressentimento.
Não transfira a responsabilidade, não sofra ouvindo casinhos, bancando a forte e inflexível, esclarecida e disponível, mas morrendo de ciúme em segredo. Esgote as possibilidades antes de se conformar. Ninguém é mais forte do que o amor. A fraqueza é sincera e sábia.
Se ele diz:
– Não quero estragar nossa amizade.
Responda com convicção:
– Eu quero estragar nossa amizade.
A réplica será um beijo. E sua tréplica será um novo beijo.
Declare-se, agora.
Abraço com toda ternura,
Fabrício Carpinejar
Querida Alice,
Era uma vez, a primeira noite da lua-de-mel:
– Querido, vá fechar a porta que dá para a rua. Ficou aberta.
– Fechar a porta? Eu? O noivo? Deve estar louca. Vá fechá-la você mesma.
– Ah, é? – gritou a noiva – Pensa que sou sua escrava? Não acredito!
Decidiram: o primeiro que falasse faria a tarefa. Sentaram-se em silêncio.
Ladrões aproveitaram a entrada destravada e recolheram tudo o que puderam. O casal testemunhava mudo.
Pela manhã, dois policiais investigaram a estranha casa desprotegida. Diante do silêncio abusivo, cada vez mais irritados, um deles disse ao parceiro:
– Dê um tapa neste homem para que recupere a razão.
Então a mulher explodiu:
– Por favor, não batam nele!
– Ganhei! – gritou imediatamente o marido. – Você vai fechar a porta!
Alice, é bonito que esteja questionando. Conversar já mostra que não tem vocação para o sofrimento. Quando pergunta se há regras, pressente que alguma coisa não anda generosa entre os dois. É questão de equidade: aplicar cada norma a cada caso. Ele fala de outras mulheres, você guarda a quietude. Por quê? Não está apenas esperando por ele secretamente? Fingindo modernidade?
Amizades coloridas existem, são possíveis com respeito e honestidade, cumplicidade e bom humor. Talvez seja o caso. O ponto saudável é não haver sacrifícios; coragem de se entregar sem morrer para si. Saúde é ter a autonomia para depender. Não é vergonha assumir que seu amor mantém a janela aberta.
Beijos meus,
Cínthya Verri
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, Caderno Donna, p. 6
Porto Alegre (RS), 12/08/2012 Edição N° 17159
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
ESCREVA PARA colunaquaseperfeito@gmail.com
Porto Alegre (RS), 12/08/2012 Edição N° 17159
Preservamos a identidade do remetente com nome fictício.
Nossos palpites amorosos não substituem consulta, terapia, exorcismo e qualquer tratamento técnico.
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012
#CVExplica Vicente Franz Cecim
Ele escreve como Vicente Franz Cecim
Ele toca instrumentos como Vicente Franz Cecim
Ele faz filmes sem gastar um real como Vicente Franz Cecim
Ele está se tornando Vicente Franz Cecim de novo e de novo
Ele vai ao passado através do futuro como Vicente Franz Cecim
Você precisa conhecer
CVExplica VICENTE FRANZ CECIM
Especial Entrevista no CVExplica desta quinta-feira.
OUÇA O AUDIO AQUI
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CVExplica [+ou- 21h], quintas, na Rádio Elétrica
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