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terça-feira, 26 de junho de 2007

Sim ou Não

Eu, com fones de ouvido,

Dentro de uma cabine

Uma tumba

A voz do Sílvio Santos

Pergunta para quem não seja eu

Para todo o resto:

Você troca

Um automóvel

Zero Km

Por uma batedeira?

Acende a luz vermelha

Respondo: Siiiiim!

Ora,

Justo para mim

Uma batedeira?

Justo

Sorte

Azar

Injusto

Julgue o expectador

Ora,

Como posso culpar-me

Dos sim e não da vida

(E de seus resultados)

Se o que vejo

É só a luz vermelha

De dizer sim ou não...

Sim ou Não

Eu, com fones de ouvido,

Dentro de uma cabine

Uma tumba

A voz do Sílvio Santos

Pergunta para quem não seja eu

Para todo o resto:

Você troca

Um automóvel

Zero Km

Por uma batedeira?

Acende a luz vermelha

Respondo: Siiiiim!

Ora,

Justo para mim

Uma batedeira?

Justo

Sorte

Azar

Injusto

Julgue o expectador

Ora,

Como posso culpar-me

Dos sim e não da vida

(E de seus resultados)

Se o que vejo

É só a luz vermelha

De dizer sim ou não...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Dia dos Namorados

(Queria ter

Uma máquina de escrever)

(Mentira)

Amor e Só

(Ou: O Amor é só.)

(Ou: É Só o Amor)

Fugir do lugar comum

Por tanto e tão longe tempo

Quis

Ser algo mais que só humana

Ser

Um algo superior

(era algoz)

Um algo que de nada precisasse

Que fosse por si e em si total

Um ente mui inteligente

Muito mais que toda a gente

Essa gente gemente

Do amor e da vida em geral

Um alguém de letra cursiva

Bonita, clara e discursiva

Mas que nada

Não deu em nada a luta armada

Arapuca de mim

Dei foi c´os burro n´água

(Cos burro: bem assim)

E me joguei

Nadando no mar sem fim

Perdida

Burra das que não emburra

Nem tão feliz – mais viva

Cheia do amor que dói

(o amor que dois)

Que arde, arde, arde bom

Humana e só

Sozinha

Chorando faltas

A falta tua também

Que bem

(Saudade é bem)

De amar assim sem dó de mim

Com prazer afogueado

A rachar o peito em dois

(O teu e o meu)

Descubro-me ser sem por que

(ou porque)

Cheia do amor mais clichê

Carente, precisada e aflita

Até que fiquei mais bonita

Com suores noturnos

Essas coisas todas

De quem sabe não saber

E que acha que ‘não sei’

É uma linda resposta.

Amor meu,

Ama-me com romance chinfrim

Sou aquela da novela

No mais banal de mim

Que é também o meu mais puro

Meu mais outro, meu mais ouro

Meu mais eu.

Hoje

E só para ti só

(com medo que te desapontes)

Fiz cantar o meu amor.

Dia dos Namorados

(Queria ter

Uma máquina de escrever)

(Mentira)

Amor e Só

(Ou: O Amor é só.)

(Ou: É Só o Amor)

Fugir do lugar comum

Por tanto e tão longe tempo

Quis

Ser algo mais que só humana

Ser

Um algo superior

(era algoz)

Um algo que de nada precisasse

Que fosse por si e em si total

Um ente mui inteligente

Muito mais que toda a gente

Essa gente gemente

Do amor e da vida em geral

Um alguém de letra cursiva

Bonita, clara e discursiva

Mas que nada

Não deu em nada a luta armada

Arapuca de mim

Dei foi c´os burro n´água

(Cos burro: bem assim)

E me joguei

Nadando no mar sem fim

Perdida

Burra das que não emburra

Nem tão feliz – mais viva

Cheia do amor que dói

(o amor que dois)

Que arde, arde, arde bom

Humana e só

Sozinha

Chorando faltas

A falta tua também

Que bem

(Saudade é bem)

De amar assim sem dó de mim

Com prazer afogueado

A rachar o peito em dois

(O teu e o meu)

Descubro-me ser sem por que

(ou porque)

Cheia do amor mais clichê

Carente, precisada e aflita

Até que fiquei mais bonita

Com suores noturnos

Essas coisas todas

De quem sabe não saber

E que acha que ‘não sei’

É uma linda resposta.

Amor meu,

Ama-me com romance chinfrim

Sou aquela da novela

No mais banal de mim

Que é também o meu mais puro

Meu mais outro, meu mais ouro

Meu mais eu.

Hoje

E só para ti só

(com medo que te desapontes)

Fiz cantar o meu amor.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Praia de Nuncamais

Primeiro o mar e eu

Me surfa o mar

A estrada e tu

Cronometrar

Depois somos só nós dois

Nossos carros na garagem

Dispostos lado a lado

São cães primos pequineses

Um salão de jogos

Uma criada cega

Com amnésia

Toalhas felpudas e televisão

Uma chaise-longue

Carne na brasa

Serenata ao revés

E pagode (sim, pagode)

Os Irmãos, O Velho e o Moço.

Um tarot (mas)

Dispenso a previsão

Ali faz-de-conta

Tem uvas na geladeira

É terra do nunca

A praia de Nuncamais

Ali não se dorme

Mas não se cansa

E somos casados

E bem sucedidos

Comemos cachorro quente

(Os cachorros comem o gato)

Tudo bem

É a única tragédia

É paz onde jaz
A praia de Nuncamais.

Praia de Nuncamais

Primeiro o mar e eu

Me surfa o mar

A estrada e tu

Cronometrar

Depois somos só nós dois

Nossos carros na garagem

Dispostos lado a lado

São cães primos pequineses

Um salão de jogos

Uma criada cega

Com amnésia

Toalhas felpudas e televisão

Uma chaise-longue

Carne na brasa

Serenata ao revés

E pagode (sim, pagode)

Os Irmãos, O Velho e o Moço.

Um tarot (mas)

Dispenso a previsão

Ali faz-de-conta

Tem uvas na geladeira

É terra do nunca

A praia de Nuncamais

Ali não se dorme

Mas não se cansa

E somos casados

E bem sucedidos

Comemos cachorro quente

(Os cachorros comem o gato)

Tudo bem

É a única tragédia

É paz onde jaz
A praia de Nuncamais.

Amor Antigo

Destarte a beleza (infame)

Que me resvalo insone

Aqui jaz: FEBRIL

Que fome!

(Fome com nome)

Que me difamem:

Eu quero o homem!

Quero-bem

Querubim

Pusilânime

Mafioso Corleone

Enxuto, fajuto e puto

Que me enoja a tripa

¡Rica chiquitita chica!

Que chora aflita

Um Choror Chorizo

...

Que é isso?

Vai dormir, filha.

Nana, nanita

Dormita consigo

Que sonho é que é bom

Pra mal de amor antigo.

Amor Antigo

Destarte a beleza (infame)

Que me resvalo insone

Aqui jaz: FEBRIL

Que fome!

(Fome com nome)

Que me difamem:

Eu quero o homem!

Quero-bem

Querubim

Pusilânime

Mafioso Corleone

Enxuto, fajuto e puto

Que me enoja a tripa

¡Rica chiquitita chica!

Que chora aflita

Um Choror Chorizo

...

Que é isso?

Vai dormir, filha.

Nana, nanita

Dormita consigo

Que sonho é que é bom

Pra mal de amor antigo.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Coisa Nenhuma

Coisa nenhuma!

Digo coisa com coisa

Digo coisa nenhuma

Digo um dizer diguento

De quem não diz (agüento)

Por não dizer (rebento)

Digo um dizer vizinho

Um digado, um diguinho

Digo assim um pouquinho

Que em não dizendo nada

Nem por baixo, nem arriba

Neca-de-pitibiriba

(eu sussurro poesia)

Coisa Nenhuma

Coisa nenhuma!

Digo coisa com coisa

Digo coisa nenhuma

Digo um dizer diguento

De quem não diz (agüento)

Por não dizer (rebento)

Digo um dizer vizinho

Um digado, um diguinho

Digo assim um pouquinho

Que em não dizendo nada

Nem por baixo, nem arriba

Neca-de-pitibiriba

(eu sussurro poesia)