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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

DaRecebe



Sou uma feliz
Tenho compadre
de Traquinagem
(com T maiúsculo)
Sou a amiga preferida
Sem esforço maior
Apenas o agir de mim
e nada mais
E sou preferida.

Aí, tudo bem...

Não é posto nem nada
Nem imposto de mim
Sobre mim

É de graça
É com graça
gentileza, doçura, candura
Ternura de quem se dá
E já vai recebendo
De si mesmo
O dar em si.

3 comentários:

  1. Deixa eu voltar a ser pequena minúscula ínfima infinitamente leve me leve de volta a esse tempo de brincadeiras brinquedos besteiras me belisque e não me deixe acordar quero voltar andar pra trás dormir no colo ouvir histórias ser levada pela mão correr prá qualquer direção ter gana de crescer todo o tempo do mundo prá viver esquecer preencher sem saber como é difícil quero voltar a ser dócil fácil táctil lúdica elétrica cantar em métrica mas totalmente sem ritmo quero rir colorir colocar colecionar chorar de dor com a cor descobrir um esconderijo cabra cega não me pega tudo vale a pena.

    Deixa eu voltar a ser pequena.
    Prometo que dessa vez trago uma mulher mais serena.
    (Paula Taitelbaum)

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  2. Há pessoas que doem enquanto doam
    Que reservam suas entranhas a estranhos
    Na esperança de preencher
    Há pessoas que se fecham enquanto abrem
    Que fingem pela pressa de querer
    Eu não
    Se for para ser assim, que eu seja cobaia de mim,
    a permitir que minhas mãos autofágicas
    Tornem-se, num passe de mágica,
    Pura fantasia
    Fantasmas
    Na cama vazia.
    P. Taitelbaum.

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  3. Quem somos nós que vivemos de desatar nós das gargantas e juntar esperanças e procurar saídas e levantar bandeiras e adiar partidas. Quem somos nós que dizemos sim querendo dizer não e que balançamos nossas idéias quando alguém pede perdão. Quem somos nós feitas de emoções, intenções, intuições, mas que também dizemos palavrão quando não cabe uma canção. Quem somos nós que tocamos a vida, o cabelo a pele e a ferida para tentar salvar uma relação destruída. Quem somos nós que carregamos filhos, falhas, ferndas, rendas e retalhos. Que temos muitos colos, calma e paciência, mas que muitas vezes perdemos isso em busca da própria existência. Quem somos nós aqui, neste exato presente ? Folha, galho, raiz ou semente ? Quem somos nós, além de sermos gente ?
    P. Tailtelbaum

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