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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Não fico impressionada com falatório, que fui do time do bem falar também.
Ai, como é bom desistir da estética escravista pra embarcar no hedonismo construtivista (hahahaha) que é o nome que inventei agora pra minha prática de extrair prazer em trazer as coisas do invisível de dentro de mim para...
para...
Onde mesmo?
Vou chamar de 'fora' - um pouco estranho, mas essa palavra faz o papel.
Então, trazer ou realizar uma coisa que antes só existia na minha cabeça e que depois passa a ter possibilidade de ganhar o infinito de versões que cada um, se quiser, terá daquilo.
Fiz falatório?
hahaha
Não fico impressionada com falatório, que fui do time do bem falar também.
Ai, como é bom desistir da estética escravista pra embarcar no hedonismo construtivista (hahahaha) que é o nome que inventei agora pra minha prática de extrair prazer em trazer as coisas do invisível de dentro de mim para...
para...
Onde mesmo?
Vou chamar de 'fora' - um pouco estranho, mas essa palavra faz o papel.
Então, trazer ou realizar uma coisa que antes só existia na minha cabeça e que depois passa a ter possibilidade de ganhar o infinito de versões que cada um, se quiser, terá daquilo.
Fiz falatório?
hahaha
Uns com tanto
Outros tão pouco
Uns com a vida
Outros fadiga

Dentro do coração é obscuro como viver.
Ali dentro, não se sabe, não adianta
Não adianta correr de um lado pra outro
Um dia cheio-cheio, explodindo
Uma série de compromissos importantes
A urgência por todo lado - desde que fora
E o urgente de dentro virado em último, em inútil, em fútil

Procrastinando...

Olha, só tem um jeito
Fazer sem saber
Que saber sem fazer também não é saber (é procrastinar)
Pensa que faz muito-muito, muito ocupado
O tempo todo consumido, carcomido, puído,
O dentro todo retorcido e doído
E você? Você doido.

(...chorando de saudade de você mesmo...)
Isso é loucura.
E cura também.

Prece: que enlouqueça de enlouquecimento batuta mesmo e acabe sem saída - a não ser jogar fora essa mentira toda que foi criada como uma casa, uma casca, uma casaca, uma agenda pra não sofrer.
(E isso que disse, disse só
E com todo meu amor)

Uns com tanto
Outros tão pouco
Uns com a vida
Outros fadiga

Dentro do coração é obscuro como viver.
Ali dentro, não se sabe, não adianta
Não adianta correr de um lado pra outro
Um dia cheio-cheio, explodindo
Uma série de compromissos importantes
A urgência por todo lado - desde que fora
E o urgente de dentro virado em último, em inútil, em fútil

Procrastinando...

Olha, só tem um jeito
Fazer sem saber
Que saber sem fazer também não é saber (é procrastinar)
Pensa que faz muito-muito, muito ocupado
O tempo todo consumido, carcomido, puído,
O dentro todo retorcido e doído
E você? Você doido.

(...chorando de saudade de você mesmo...)
Isso é loucura.
E cura também.

Prece: que enlouqueça de enlouquecimento batuta mesmo e acabe sem saída - a não ser jogar fora essa mentira toda que foi criada como uma casa, uma casca, uma casaca, uma agenda pra não sofrer.
(E isso que disse, disse só
E com todo meu amor)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Aliada

Trabalho duro é aceitação
Aceitação é duro e sólido
Aceitar-se não é flácido
não é leve, não é passivo
É ativo e rígido e exigente
É demandande
A vontade requer mudanças
de novo, dê novo
(me dá)
não tem folga o cultivo a si mesmo
e quem trabalha nisso não quer folga
trabalha duro e mais e mais

Me disseram
Isso é ficar sem vontade própria
Qual nada!
Isso é a própria vontade.

Lapidar, morrer, matar
Dói - é bem próprio do viver.
Entra em cena o mais de si mesmo
O tudo que eu quis disfarçar por força moralista
Por desejo de ser grande
Por desejar me reformar e tirar o que não prestava
O tudo vem
É o que mais quero, é como gosto

Tantas vezes
Que bom que não é como a gente quer que seja

E que bom fazer como a gente quer que seja
Fica ainda melhor

Viver
Diferentemente
Viver é
Muito diferentemente de tudo que dizem que é
(é indizível, aliás)

A Aliada

Trabalho duro é aceitação
Aceitação é duro e sólido
Aceitar-se não é flácido
não é leve, não é passivo
É ativo e rígido e exigente
É demandande
A vontade requer mudanças
de novo, dê novo
(me dá)
não tem folga o cultivo a si mesmo
e quem trabalha nisso não quer folga
trabalha duro e mais e mais

Me disseram
Isso é ficar sem vontade própria
Qual nada!
Isso é a própria vontade.

Lapidar, morrer, matar
Dói - é bem próprio do viver.
Entra em cena o mais de si mesmo
O tudo que eu quis disfarçar por força moralista
Por desejo de ser grande
Por desejar me reformar e tirar o que não prestava
O tudo vem
É o que mais quero, é como gosto

Tantas vezes
Que bom que não é como a gente quer que seja

E que bom fazer como a gente quer que seja
Fica ainda melhor

Viver
Diferentemente
Viver é
Muito diferentemente de tudo que dizem que é
(é indizível, aliás)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Blog é bom especialmente pra lembrar que a gente passa.
Porque no correr das barras de rolagem dos dias, tudo aquilo já é passado, junto com o segundo de agora que também já era (como percebi na última postagem, segundo não é primeiro. Quando se contam os primeiros, dizemos segundos, porque o primeiro já foi).
Então, fica melhor, tudo na sua proporção cabível, ou seja: um mínimo detalhe.
A magnífica sensação de perder alguém - já sabemos: a seguir será menor e logo após, deixará de existir.
A estupenda e colossal importância é um onda que sequer faz grau em nenhuma escala.
A transformação que verifico em mim após sete dias é impressionante (até mesmo, e principalmente, para mim). O tema da última sexta jaz longínquo e soterrado sob a infinidade de acontecimentos do dia de hoje. Some-se ao dia de hoje outros seis tão intensos quanto este. Sexta-feira última é pretérito mais que perfeito, que hoje é feita de lembranças de uma pessoa que olha outra, sorri e acena.
Blog é bom especialmente pra lembrar que a gente passa.
Porque no correr das barras de rolagem dos dias, tudo aquilo já é passado, junto com o segundo de agora que também já era (como percebi na última postagem, segundo não é primeiro. Quando se contam os primeiros, dizemos segundos, porque o primeiro já foi).
Então, fica melhor, tudo na sua proporção cabível, ou seja: um mínimo detalhe.
A magnífica sensação de perder alguém - já sabemos: a seguir será menor e logo após, deixará de existir.
A estupenda e colossal importância é um onda que sequer faz grau em nenhuma escala.
A transformação que verifico em mim após sete dias é impressionante (até mesmo, e principalmente, para mim). O tema da última sexta jaz longínquo e soterrado sob a infinidade de acontecimentos do dia de hoje. Some-se ao dia de hoje outros seis tão intensos quanto este. Sexta-feira última é pretérito mais que perfeito, que hoje é feita de lembranças de uma pessoa que olha outra, sorri e acena.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

o melhor de inventar pra mim mesma o monte de coisa que invento
é que fica cada vez mais fácil descartar o que não me interessa
afinal, cada segundo é segundo passado
e pra quem não tem tempo a perder
todo primeiro é meu tempo de viver
o melhor de inventar pra mim mesma o monte de coisa que invento
é que fica cada vez mais fácil descartar o que não me interessa
afinal, cada segundo é segundo passado
e pra quem não tem tempo a perder
todo primeiro é meu tempo de viver

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Viver vale mais que Ser Feliz

Ei, se é dentro dela assim que bate
Não encare como ruim só porque é triste
Que é bem, ela se entristecer
De outro modo não viveria.

Ei, não se abale que ela não ameaça
Chora, apenas, que não há dizer pra isso tudo
Não tem palavra, dizer pra quê?
Chora, apenas, tudo bem.

Ei, ela nasceu sozinha e assim vai morrer
Não tem nada de mais: é só paixão
Dói que quase rasga, quase mata, quase-quase
Mas é assim que se alimenta o viver.

Ei, adivinha?
A palavra de se não dizer
Morre dentro do negro da boca
Lá não tem estrela, nem lua, mas é céu
Um negrume só. De se perder.
Então, ela chora, que verte água do olho, é natural
Natural em casos como esse dela

Ei, esse não é seu caso, ela sabe
É o acaso de ser o dela.

Ei, não se cobre, que o choro pode ser a anti-expectativa
O antídoto,
O antidopping - o que prova que ela está (vi)vendo.

Viver vale mais que Ser Feliz

Ei, se é dentro dela assim que bate
Não encare como ruim só porque é triste
Que é bem, ela se entristecer
De outro modo não viveria.

Ei, não se abale que ela não ameaça
Chora, apenas, que não há dizer pra isso tudo
Não tem palavra, dizer pra quê?
Chora, apenas, tudo bem.

Ei, ela nasceu sozinha e assim vai morrer
Não tem nada de mais: é só paixão
Dói que quase rasga, quase mata, quase-quase
Mas é assim que se alimenta o viver.

Ei, adivinha?
A palavra de se não dizer
Morre dentro do negro da boca
Lá não tem estrela, nem lua, mas é céu
Um negrume só. De se perder.
Então, ela chora, que verte água do olho, é natural
Natural em casos como esse dela

Ei, esse não é seu caso, ela sabe
É o acaso de ser o dela.

Ei, não se cobre, que o choro pode ser a anti-expectativa
O antídoto,
O antidopping - o que prova que ela está (vi)vendo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ironias (it figures...)

Isn´t it Ironic?
Diz Alanis na música que adoro tocar no violão.

Ironias que eu poderia chamar paradoxos - e que fazem do viver a aventura que é.
Vejo falta de sentido com que me chamo a tomar atitudes que dêem o dito sentido - que, de outro lado, é o modo como me ajudo a fazer sentido (e fazer sentindo).
É irônico que eu queira ter para mim qualquer coisa que, se a tenho, não a quero.
E é ótimo que eu conviva com todos os quereres ao mesmo tempo - é ótimo quando dá.
Se eu não questiono, fica bem.
Sou do tipo que não se satisfaz. Enquanto alguns acham que fizeram muito, eu acho que posso fazer melhor ou mais - e vou. E faço. Às vezes não sai melhor, então tento de novo.

Então, tenho uma amiga que vê o homem que ela tem (e quer mais) com a família dele. Ela me diz que ele é dela também. Diz que ela vê a cena familiar dele - mãos dadas, caminhando na rua, criança, papagaio, tudo:
-Ele é daquele planeta.
Mas ele é dela também. Ela me conta que se sente mais dele do que ela pensa que ele se sente dela. Parece pra mim que existe um terceiro planeta, um planetinha assim, só dos dois.
Ela me contou que não se sentiu mal de ver a tal cena - só triste. Surpresa.
Achava até que ia morrer, assim, dentro da cabeça dela, quando imaginava essa possibilidade. Mas na realidade, disse que doeu só um pouco.

Eu não vim aqui pra julgar ninguém, não. Eu vim aqui pra viver. E acho que cada um que pegue as rédeas de seu corisco e se toque campo afora.
Não é pra todo mundo isso de se tocar campo afora...
Vai que a gente se apaixona...?
Vai que o outro já tem família...?

It´s like meeting the man of my dreams
and then meeting his beautiful wife,
Isn´t it ironic?
Don´t you think?



Ironias (it figures...)

Isn´t it Ironic?
Diz Alanis na música que adoro tocar no violão.

Ironias que eu poderia chamar paradoxos - e que fazem do viver a aventura que é.
Vejo falta de sentido com que me chamo a tomar atitudes que dêem o dito sentido - que, de outro lado, é o modo como me ajudo a fazer sentido (e fazer sentindo).
É irônico que eu queira ter para mim qualquer coisa que, se a tenho, não a quero.
E é ótimo que eu conviva com todos os quereres ao mesmo tempo - é ótimo quando dá.
Se eu não questiono, fica bem.
Sou do tipo que não se satisfaz. Enquanto alguns acham que fizeram muito, eu acho que posso fazer melhor ou mais - e vou. E faço. Às vezes não sai melhor, então tento de novo.

Então, tenho uma amiga que vê o homem que ela tem (e quer mais) com a família dele. Ela me diz que ele é dela também. Diz que ela vê a cena familiar dele - mãos dadas, caminhando na rua, criança, papagaio, tudo:
-Ele é daquele planeta.
Mas ele é dela também. Ela me conta que se sente mais dele do que ela pensa que ele se sente dela. Parece pra mim que existe um terceiro planeta, um planetinha assim, só dos dois.
Ela me contou que não se sentiu mal de ver a tal cena - só triste. Surpresa.
Achava até que ia morrer, assim, dentro da cabeça dela, quando imaginava essa possibilidade. Mas na realidade, disse que doeu só um pouco.

Eu não vim aqui pra julgar ninguém, não. Eu vim aqui pra viver. E acho que cada um que pegue as rédeas de seu corisco e se toque campo afora.
Não é pra todo mundo isso de se tocar campo afora...
Vai que a gente se apaixona...?
Vai que o outro já tem família...?

It´s like meeting the man of my dreams
and then meeting his beautiful wife,
Isn´t it ironic?
Don´t you think?