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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Pequena Morte

Num espaço silencioso, dentro,
uma espera contínua, por dentro da pele,
aguardando a vertência,
a minunciosa saída que acontece sempre que me toca.
Existe uma conexão com a pele tua, um segredo que se revela, um estado diferenciado de consciência, uma sub-existência que também é superior: prova de que nada existe fora que não dentro.
A agudeza que dói quando não está,
quando lembro que não sei se voltará.
Volta pela qual não deixo de ser espera.
A essência feminina em mim, calada, querendo
- que o ventre crie ou que se recheie,
que me preencha,
que me neutralize,
que me penetre
(dome, doutrine, castigue,
reúna, mastigue, lave,
acuda),

que me mate.

Porque depois eu sairei viva, mais viva, e ainda mais só.

Pequena Morte

Num espaço silencioso, dentro,
uma espera contínua, por dentro da pele,
aguardando a vertência,
a minunciosa saída que acontece sempre que me toca.
Existe uma conexão com a pele tua, um segredo que se revela, um estado diferenciado de consciência, uma sub-existência que também é superior: prova de que nada existe fora que não dentro.
A agudeza que dói quando não está,
quando lembro que não sei se voltará.
Volta pela qual não deixo de ser espera.
A essência feminina em mim, calada, querendo
- que o ventre crie ou que se recheie,
que me preencha,
que me neutralize,
que me penetre
(dome, doutrine, castigue,
reúna, mastigue, lave,
acuda),

que me mate.

Porque depois eu sairei viva, mais viva, e ainda mais só.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

SuperBem

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(o Blog da Clínica Verri)
Aproveita:





*se não abrir, copie e cole o código abaixo no seu browser:

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terça-feira, 24 de junho de 2008

Mateus Rodrigues Alves

Por dentro da imagem
se pulsar viva a presença
Por dentro do visto
se pulsar o vivo
Por dentro do homem
se pulsar o desejo
Por dentro da palavra
se pulsar o contido

Passa a ser incontido o desejo vivo da presença.

'Veja mais por dentro'

é o convite das imagens do meu amigo.

Acho que nem ele pensa às vezes,
mas ele sabe, por dentro dele.
E ele dá, na arte dele, o que arde nele.

Mateus Rodrigues Alves :
Link para album Flickr
Link para seus albuns no Orkut

Mateus Rodrigues Alves

Por dentro da imagem
se pulsar viva a presença
Por dentro do visto
se pulsar o vivo
Por dentro do homem
se pulsar o desejo
Por dentro da palavra
se pulsar o contido

Passa a ser incontido o desejo vivo da presença.

'Veja mais por dentro'

é o convite das imagens do meu amigo.

Acho que nem ele pensa às vezes,
mas ele sabe, por dentro dele.
E ele dá, na arte dele, o que arde nele.

Mateus Rodrigues Alves :
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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Default

Termina o dia.
Eu, a esmo.
Subitamente desocupada.
Uma liberdade tão ensurdecedora
Que nem me ouço.
Acabaram os compromissos, de repente.
De repente, vejo porque sou tão compromissada.
Eu lido tão mal com o vazio súbito
Parece que desperdiço a vida
(O nome disso não é TAG (ansiedade generalizada), que saco!)
É uma fome de viver
Uma consciência quase permanente da presença definitiva da morte
A morte que talvez, seja o segredo dessa vida (diz Raul)
Não que me interesse por ela
(às vezes, sim, claro)
Mas, hoje, particularmente
Um movimento em estalo de buraco
...

É a ausência tua
Logo vejo

(ai, que me cago en el amor)

É um rombo
Da falta que fazem as coisas minhas que só existem contigo
Que unicamente assim as tenho
Que só quando estou com-igo-tigo
Que só quando nós
.
Como pode o peixe vivo
viver fora d´água fria
Como poderei viver
Sem a tua companhia?

Default

Termina o dia.
Eu, a esmo.
Subitamente desocupada.
Uma liberdade tão ensurdecedora
Que nem me ouço.
Acabaram os compromissos, de repente.
De repente, vejo porque sou tão compromissada.
Eu lido tão mal com o vazio súbito
Parece que desperdiço a vida
(O nome disso não é TAG (ansiedade generalizada), que saco!)
É uma fome de viver
Uma consciência quase permanente da presença definitiva da morte
A morte que talvez, seja o segredo dessa vida (diz Raul)
Não que me interesse por ela
(às vezes, sim, claro)
Mas, hoje, particularmente
Um movimento em estalo de buraco
...

É a ausência tua
Logo vejo

(ai, que me cago en el amor)

É um rombo
Da falta que fazem as coisas minhas que só existem contigo
Que unicamente assim as tenho
Que só quando estou com-igo-tigo
Que só quando nós
.
Como pode o peixe vivo
viver fora d´água fria
Como poderei viver
Sem a tua companhia?

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Blog da Clínica

Fiz um blog pra Clínica,
é outro espaço de estar,
como um outro cômodo de mim.

Podemos sentar lá pra conversar,
também é bonito, mas não tem carpete, porque precisa limpar fácil.
Não é pra se acobertar, mas também é aquecido.

Blog Clínica Verri


Blog da Clínica

Fiz um blog pra Clínica,
é outro espaço de estar,
como um outro cômodo de mim.

Podemos sentar lá pra conversar,
também é bonito, mas não tem carpete, porque precisa limpar fácil.
Não é pra se acobertar, mas também é aquecido.

Blog Clínica Verri


segunda-feira, 16 de junho de 2008

Circulares

esperando a tua
minha boca é

uma solidão
esperando a outra

pedra
papel
tesoura
Somos de brincadeira
(mas não somos)

Ciranda, cirandinha
Volta e meia chega aqui
Volta e meia;
Volta
Eu, envolta e meia, espero
Côncava
(sou um útero, um cesto, um balde)
Sou paciência, o bordado, o trigo, o pão

Espano, enquanto isso, meus vértices
Preciso estar em pé quando você chegar.

Circulares

esperando a tua
minha boca é

uma solidão
esperando a outra

pedra
papel
tesoura
Somos de brincadeira
(mas não somos)

Ciranda, cirandinha
Volta e meia chega aqui
Volta e meia;
Volta
Eu, envolta e meia, espero
Côncava
(sou um útero, um cesto, um balde)
Sou paciência, o bordado, o trigo, o pão

Espano, enquanto isso, meus vértices
Preciso estar em pé quando você chegar.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

É somente folhear e usar (já diria Tom Zé)

E vale a pena?
Claro que vale.

Um trabalho completamente servil a si mesmo é o viver.
Não te entrega, querido, não te entrega (mas sê entregue a ti mesmo).
Que a vida está, mas não é pra qualquer um. Muito menos a paixão.

Não confunde realidade com gestos.

As coisas são diferentes do que se pensa, a gente comprova a todo momento.
Nunca é como dizem - nunca.

Se tiveres coragem - vale a pena. Queira ver.

Não pisa apenas para provar que é errado pisar na grama. Pisa porque queres, somente - e usa a criatividade. Que dê errado porque deu e não porque deixaste.
Se não quiseres ir, podem te carregar, mas vai arrastado.
Vai com tua vontade amarrada pela força alheia, mas nunca vencida.
Não te abandona, querido, apenas isso.
Não te dá em troca de coisa tão oca quanto os princípios.

Um amigo me contou que chegou em casa e disse o seguinte:
- morreu meu pai e eu arranjei um amigo ainda melhor.
A família, atônita. Quem?
E ele:
-Eu.

Simples, não é?
Não. Não mesmo.
Mas a gente dá um jeito.

É somente folhear e usar (já diria Tom Zé)

E vale a pena?
Claro que vale.

Um trabalho completamente servil a si mesmo é o viver.
Não te entrega, querido, não te entrega (mas sê entregue a ti mesmo).
Que a vida está, mas não é pra qualquer um. Muito menos a paixão.

Não confunde realidade com gestos.

As coisas são diferentes do que se pensa, a gente comprova a todo momento.
Nunca é como dizem - nunca.

Se tiveres coragem - vale a pena. Queira ver.

Não pisa apenas para provar que é errado pisar na grama. Pisa porque queres, somente - e usa a criatividade. Que dê errado porque deu e não porque deixaste.
Se não quiseres ir, podem te carregar, mas vai arrastado.
Vai com tua vontade amarrada pela força alheia, mas nunca vencida.
Não te abandona, querido, apenas isso.
Não te dá em troca de coisa tão oca quanto os princípios.

Um amigo me contou que chegou em casa e disse o seguinte:
- morreu meu pai e eu arranjei um amigo ainda melhor.
A família, atônita. Quem?
E ele:
-Eu.

Simples, não é?
Não. Não mesmo.
Mas a gente dá um jeito.

13, sexta-feira.

Que tal?
Acredito em sorte (ou azar, tanto faz). Acho que muita coisa é sorte e talento. Praticamente tudo:
- uma balançando com o outro.

Ouvi contarem uma história sobre um empresário que queria contratar alguém para um cargo de confiança. Ele recebeu currículos de 30 candidatos. Então, quando a secretária se ofereceu para fazer uma primeira triagem, o empresário pegou a pilha, separou 10 e entregou 20 para ela dizendo:
- Esses você joga fora.
E ela, horrorizada, disse:
- Não faça isso, senhor. Tem muita gente boa aqui nessa pilha!
Ao que ele respondeu:
- Quero trabalhar com alguém que tenha sorte.

Adorei a história. Quis compartilhar. Não sei de quem é.

Enfim, se não der sorte, quem acredita em seu talento, tenta de novo.