Anulares, arciformes,
corimbiformes
Lenticulares, serpiginosas, numulares
Reniformes, circinadas
Policíclicas
Discóides, figuradas
Pontuadas, gutatas
Zosteriformes
Eu, girata
A classificar tuas cores dermatológicas
Tuas exclusividades pictóricas
Meu modo de me iludir que domino
O inominável
O abstrato que faz vibrar meu corpo
(Se nem nome, domínio?)
Daí, eu a buscar o nome que se dá aos lindos desenhos naturais que te adornam.
E daí?
Tudo bem, faço sorrindo
Como uma brincadeira suave comigo.
De lambuja, descubro que semiologia também é poesia.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Anulares, arciformes,
corimbiformes
Lenticulares, serpiginosas, numulares
Reniformes, circinadas
Policíclicas
Discóides, figuradas
Pontuadas, gutatas
Zosteriformes
Eu, girata
A classificar tuas cores dermatológicas
Tuas exclusividades pictóricas
Meu modo de me iludir que domino
O inominável
O abstrato que faz vibrar meu corpo
(Se nem nome, domínio?)
Daí, eu a buscar o nome que se dá aos lindos desenhos naturais que te adornam.
E daí?
Tudo bem, faço sorrindo
Como uma brincadeira suave comigo.
De lambuja, descubro que semiologia também é poesia.
corimbiformes
Lenticulares, serpiginosas, numulares
Reniformes, circinadas
Policíclicas
Discóides, figuradas
Pontuadas, gutatas
Zosteriformes
Eu, girata
A classificar tuas cores dermatológicas
Tuas exclusividades pictóricas
Meu modo de me iludir que domino
O inominável
O abstrato que faz vibrar meu corpo
(Se nem nome, domínio?)
Daí, eu a buscar o nome que se dá aos lindos desenhos naturais que te adornam.
E daí?
Tudo bem, faço sorrindo
Como uma brincadeira suave comigo.
De lambuja, descubro que semiologia também é poesia.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Trouxe o consultório da Taquara pra Tobias.
Durante o processo de carregamento dos móveis de um lugar para outro (porque usar 'mudança' é descabimento: uma palavra vasta demais para esse evento), percebi que adoraria ter um grupo de homens fortes à disposição constantemente. Um pensamento deliciosamente nababesco esse meu. Aliás, um prazer essa palavra: nababesco. Uma palavra rococó. Enfim. Mas queria mesmo esse séquito de homens forçudos, trabalhadores e disponíveis. Uma beleza. Carregaram todas as minhas coisas e içaram por fora do prédio, na chuva, com cordas. Um feito fantástico. Então se deslocaram pelo espaço da clínica organizando o cacaredo, as malas, os ferros, as madeiras, sei lá mais o que. E eu, olhando, nem suava.
E depois eu tentava donzelicamente tirar um arame de duas madeiras e um dos homenzarrões veio e se ofereceu. Que cena maravilhosa. Nem precisei pedir. Tirou o arame com o alicate num gesto único. Meus Hércules partiram deixando saudade. Fiquei vazia depois que se foram. Senti até que tinha diminuído...
Há algumas trocas de endereço atrás, eu ainda fazia praticamente sozinha os carregamentos todos, as montagens e desmontagens, os arrastamentos e etc. Aos poucos fui juntando mais trecos, como um magneto potente. E precisei de mais ajuda para os transportes.
Como dizem, a cada três mudanças, um incêndio.
De fato, o número de coisas perdidas nos câmbios locais era muito, mas o magneto aumentava a potência em progressão geométrica e logo eu já tinha a maior bagagem possível - o mobiliário de uma casa.
Os Hércules me ajudando formaram uma delícia - uma orgia pessoal e silenciosa foi o acontecimento de não acontecer de precisar carregar nenhuma mala.
Recomendo.
Durante o processo de carregamento dos móveis de um lugar para outro (porque usar 'mudança' é descabimento: uma palavra vasta demais para esse evento), percebi que adoraria ter um grupo de homens fortes à disposição constantemente. Um pensamento deliciosamente nababesco esse meu. Aliás, um prazer essa palavra: nababesco. Uma palavra rococó. Enfim. Mas queria mesmo esse séquito de homens forçudos, trabalhadores e disponíveis. Uma beleza. Carregaram todas as minhas coisas e içaram por fora do prédio, na chuva, com cordas. Um feito fantástico. Então se deslocaram pelo espaço da clínica organizando o cacaredo, as malas, os ferros, as madeiras, sei lá mais o que. E eu, olhando, nem suava.
E depois eu tentava donzelicamente tirar um arame de duas madeiras e um dos homenzarrões veio e se ofereceu. Que cena maravilhosa. Nem precisei pedir. Tirou o arame com o alicate num gesto único. Meus Hércules partiram deixando saudade. Fiquei vazia depois que se foram. Senti até que tinha diminuído...
Há algumas trocas de endereço atrás, eu ainda fazia praticamente sozinha os carregamentos todos, as montagens e desmontagens, os arrastamentos e etc. Aos poucos fui juntando mais trecos, como um magneto potente. E precisei de mais ajuda para os transportes.
Como dizem, a cada três mudanças, um incêndio.
De fato, o número de coisas perdidas nos câmbios locais era muito, mas o magneto aumentava a potência em progressão geométrica e logo eu já tinha a maior bagagem possível - o mobiliário de uma casa.
Os Hércules me ajudando formaram uma delícia - uma orgia pessoal e silenciosa foi o acontecimento de não acontecer de precisar carregar nenhuma mala.
Recomendo.
Trouxe o consultório da Taquara pra Tobias.
Durante o processo de carregamento dos móveis de um lugar para outro (porque usar 'mudança' é descabimento: uma palavra vasta demais para esse evento), percebi que adoraria ter um grupo de homens fortes à disposição constantemente. Um pensamento deliciosamente nababesco esse meu. Aliás, um prazer essa palavra: nababesco. Uma palavra rococó. Enfim. Mas queria mesmo esse séquito de homens forçudos, trabalhadores e disponíveis. Uma beleza. Carregaram todas as minhas coisas e içaram por fora do prédio, na chuva, com cordas. Um feito fantástico. Então se deslocaram pelo espaço da clínica organizando o cacaredo, as malas, os ferros, as madeiras, sei lá mais o que. E eu, olhando, nem suava.
E depois eu tentava donzelicamente tirar um arame de duas madeiras e um dos homenzarrões veio e se ofereceu. Que cena maravilhosa. Nem precisei pedir. Tirou o arame com o alicate num gesto único. Meus Hércules partiram deixando saudade. Fiquei vazia depois que se foram. Senti até que tinha diminuído...
Há algumas trocas de endereço atrás, eu ainda fazia praticamente sozinha os carregamentos todos, as montagens e desmontagens, os arrastamentos e etc. Aos poucos fui juntando mais trecos, como um magneto potente. E precisei de mais ajuda para os transportes.
Como dizem, a cada três mudanças, um incêndio.
De fato, o número de coisas perdidas nos câmbios locais era muito, mas o magneto aumentava a potência em progressão geométrica e logo eu já tinha a maior bagagem possível - o mobiliário de uma casa.
Os Hércules me ajudando formaram uma delícia - uma orgia pessoal e silenciosa foi o acontecimento de não acontecer de precisar carregar nenhuma mala.
Recomendo.
Durante o processo de carregamento dos móveis de um lugar para outro (porque usar 'mudança' é descabimento: uma palavra vasta demais para esse evento), percebi que adoraria ter um grupo de homens fortes à disposição constantemente. Um pensamento deliciosamente nababesco esse meu. Aliás, um prazer essa palavra: nababesco. Uma palavra rococó. Enfim. Mas queria mesmo esse séquito de homens forçudos, trabalhadores e disponíveis. Uma beleza. Carregaram todas as minhas coisas e içaram por fora do prédio, na chuva, com cordas. Um feito fantástico. Então se deslocaram pelo espaço da clínica organizando o cacaredo, as malas, os ferros, as madeiras, sei lá mais o que. E eu, olhando, nem suava.
E depois eu tentava donzelicamente tirar um arame de duas madeiras e um dos homenzarrões veio e se ofereceu. Que cena maravilhosa. Nem precisei pedir. Tirou o arame com o alicate num gesto único. Meus Hércules partiram deixando saudade. Fiquei vazia depois que se foram. Senti até que tinha diminuído...
Há algumas trocas de endereço atrás, eu ainda fazia praticamente sozinha os carregamentos todos, as montagens e desmontagens, os arrastamentos e etc. Aos poucos fui juntando mais trecos, como um magneto potente. E precisei de mais ajuda para os transportes.
Como dizem, a cada três mudanças, um incêndio.
De fato, o número de coisas perdidas nos câmbios locais era muito, mas o magneto aumentava a potência em progressão geométrica e logo eu já tinha a maior bagagem possível - o mobiliário de uma casa.
Os Hércules me ajudando formaram uma delícia - uma orgia pessoal e silenciosa foi o acontecimento de não acontecer de precisar carregar nenhuma mala.
Recomendo.
domingo, 8 de junho de 2008
Honestamente, não sei o que acontece comigo. Vejo muitas pessoas com flexibilidade para conversas e grosserias descabidas. Eu não sou assim. Não é uma crítica pessoal - mais uma constatação. Eu sou absolutamente sensível. Se é que existe isso do absoluto. A questão toda resta em mim em pendulário: sou-me tão feliz por ser quem sou muitas vezes; dias como hoje, por exemplo, de manhã sou puro amor e gratidão por minha força de vontade e dedicação tão longevas. À tarde, mais por agora, sou um naufrágio. Não sei lidar com as distorções que o outro faz. Isso, claro, do meu ponto de vista, faço questão de frisar isso para mim. Mas, não sei lidar, parece um descabimento, um ataque, um troço tão rude e eu tão papel vegetal. Um atrito asfáltico desgastante. Dói tanto, tanto. Ai, como dói isso em mim. Aí eu choro um pouco pra aliviar o ardume.
Sei que já passa, mas me dou direito ao meu chororô.
Daí, se ainda me desacomodo com o acontecimento, vez e outra venho passear nas palavras, a ver se me consolo e me explico que a vida é esse tornado caótico e que às vezes um bule voador me acerta no peito em cheio...
...vem, querida, vamos à vida que ela nos precisa.
Sei que já passa, mas me dou direito ao meu chororô.
Daí, se ainda me desacomodo com o acontecimento, vez e outra venho passear nas palavras, a ver se me consolo e me explico que a vida é esse tornado caótico e que às vezes um bule voador me acerta no peito em cheio...
...vem, querida, vamos à vida que ela nos precisa.
Honestamente, não sei o que acontece comigo. Vejo muitas pessoas com flexibilidade para conversas e grosserias descabidas. Eu não sou assim. Não é uma crítica pessoal - mais uma constatação. Eu sou absolutamente sensível. Se é que existe isso do absoluto. A questão toda resta em mim em pendulário: sou-me tão feliz por ser quem sou muitas vezes; dias como hoje, por exemplo, de manhã sou puro amor e gratidão por minha força de vontade e dedicação tão longevas. À tarde, mais por agora, sou um naufrágio. Não sei lidar com as distorções que o outro faz. Isso, claro, do meu ponto de vista, faço questão de frisar isso para mim. Mas, não sei lidar, parece um descabimento, um ataque, um troço tão rude e eu tão papel vegetal. Um atrito asfáltico desgastante. Dói tanto, tanto. Ai, como dói isso em mim. Aí eu choro um pouco pra aliviar o ardume.
Sei que já passa, mas me dou direito ao meu chororô.
Daí, se ainda me desacomodo com o acontecimento, vez e outra venho passear nas palavras, a ver se me consolo e me explico que a vida é esse tornado caótico e que às vezes um bule voador me acerta no peito em cheio...
...vem, querida, vamos à vida que ela nos precisa.
Sei que já passa, mas me dou direito ao meu chororô.
Daí, se ainda me desacomodo com o acontecimento, vez e outra venho passear nas palavras, a ver se me consolo e me explico que a vida é esse tornado caótico e que às vezes um bule voador me acerta no peito em cheio...
...vem, querida, vamos à vida que ela nos precisa.
sábado, 7 de junho de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Vestida de paixão ela anda. Não pode nada mais, nem nada menos. É isso que pode. Andar vestida de paixão. É fulminante. O arder é contínuo. O arrasamento é total. Tudo fica verde, espesso, espinafrado e borbulhante - quase preto. É terra fértil.
Cheirando a chuva e araucária, o céu abrindo e as nuvens na colina. O mato cobre todo o corpo dela, ela não se defende. Não se coça. Não se atrapalha. Fica ali - olhando. O seu corpo vai virando mato, a seiva deslizando do seu ventre verde-escuro e indo, indo. Ela se coliquando. Ela se desfazendo em seu pensar natural. Ela se escorrendo de paixão. E ela era agora um Boitatá. Com um rastro de fogo atrás queimando. Ela indo, indo. Depois ela era o negrinho. E pastoreava o pensamento todo:
- píripíripíripíripíri
chamando as galinhas em Juvenalês. E foi tirar o leite. Ela, toda flor.
Depois ela é um corpo évico sobre o pelego. E ele é um polvo de línguas. Um povo todo sobre ela. E ela a rir e gargalhar chorando e indo, indo.
Depois era uma cabeça jogada para frente, de olhos fechados, cavalgando. Os cabelos estirados adelante e cobrindo a cabeça dele. Ela espia e ele está dentro da cascata dos cabelos dela. Ele ri. Ela também.
Depois ela é um quadrúpede e ele seu comandante. E ela marcha como ele diz pra ser. E depois ela é uma platéia hipnotizada e feliz na comédia. E ele tinha olhinhos bem pretos de ônix.
Então ele é um cardume dentro dela. E ela é um pelego atirado - um couro bovino no chão. E os pelos dele estão nela e no rosto dela estão as linhas da barba desenhadas. E nele estão a seiva e os cabelos dela. E eles indo, indo.
Cheirando a chuva e araucária, o céu abrindo e as nuvens na colina. O mato cobre todo o corpo dela, ela não se defende. Não se coça. Não se atrapalha. Fica ali - olhando. O seu corpo vai virando mato, a seiva deslizando do seu ventre verde-escuro e indo, indo. Ela se coliquando. Ela se desfazendo em seu pensar natural. Ela se escorrendo de paixão. E ela era agora um Boitatá. Com um rastro de fogo atrás queimando. Ela indo, indo. Depois ela era o negrinho. E pastoreava o pensamento todo:
- píripíripíripíripíri
chamando as galinhas em Juvenalês. E foi tirar o leite. Ela, toda flor.
Depois ela é um corpo évico sobre o pelego. E ele é um polvo de línguas. Um povo todo sobre ela. E ela a rir e gargalhar chorando e indo, indo.
Depois era uma cabeça jogada para frente, de olhos fechados, cavalgando. Os cabelos estirados adelante e cobrindo a cabeça dele. Ela espia e ele está dentro da cascata dos cabelos dela. Ele ri. Ela também.
Depois ela é um quadrúpede e ele seu comandante. E ela marcha como ele diz pra ser. E depois ela é uma platéia hipnotizada e feliz na comédia. E ele tinha olhinhos bem pretos de ônix.
Então ele é um cardume dentro dela. E ela é um pelego atirado - um couro bovino no chão. E os pelos dele estão nela e no rosto dela estão as linhas da barba desenhadas. E nele estão a seiva e os cabelos dela. E eles indo, indo.
Vestida de paixão ela anda. Não pode nada mais, nem nada menos. É isso que pode. Andar vestida de paixão. É fulminante. O arder é contínuo. O arrasamento é total. Tudo fica verde, espesso, espinafrado e borbulhante - quase preto. É terra fértil.
Cheirando a chuva e araucária, o céu abrindo e as nuvens na colina. O mato cobre todo o corpo dela, ela não se defende. Não se coça. Não se atrapalha. Fica ali - olhando. O seu corpo vai virando mato, a seiva deslizando do seu ventre verde-escuro e indo, indo. Ela se coliquando. Ela se desfazendo em seu pensar natural. Ela se escorrendo de paixão. E ela era agora um Boitatá. Com um rastro de fogo atrás queimando. Ela indo, indo. Depois ela era o negrinho. E pastoreava o pensamento todo:
- píripíripíripíripíri
chamando as galinhas em Juvenalês. E foi tirar o leite. Ela, toda flor.
Depois ela é um corpo évico sobre o pelego. E ele é um polvo de línguas. Um povo todo sobre ela. E ela a rir e gargalhar chorando e indo, indo.
Depois era uma cabeça jogada para frente, de olhos fechados, cavalgando. Os cabelos estirados adelante e cobrindo a cabeça dele. Ela espia e ele está dentro da cascata dos cabelos dela. Ele ri. Ela também.
Depois ela é um quadrúpede e ele seu comandante. E ela marcha como ele diz pra ser. E depois ela é uma platéia hipnotizada e feliz na comédia. E ele tinha olhinhos bem pretos de ônix.
Então ele é um cardume dentro dela. E ela é um pelego atirado - um couro bovino no chão. E os pelos dele estão nela e no rosto dela estão as linhas da barba desenhadas. E nele estão a seiva e os cabelos dela. E eles indo, indo.
Cheirando a chuva e araucária, o céu abrindo e as nuvens na colina. O mato cobre todo o corpo dela, ela não se defende. Não se coça. Não se atrapalha. Fica ali - olhando. O seu corpo vai virando mato, a seiva deslizando do seu ventre verde-escuro e indo, indo. Ela se coliquando. Ela se desfazendo em seu pensar natural. Ela se escorrendo de paixão. E ela era agora um Boitatá. Com um rastro de fogo atrás queimando. Ela indo, indo. Depois ela era o negrinho. E pastoreava o pensamento todo:
- píripíripíripíripíri
chamando as galinhas em Juvenalês. E foi tirar o leite. Ela, toda flor.
Depois ela é um corpo évico sobre o pelego. E ele é um polvo de línguas. Um povo todo sobre ela. E ela a rir e gargalhar chorando e indo, indo.
Depois era uma cabeça jogada para frente, de olhos fechados, cavalgando. Os cabelos estirados adelante e cobrindo a cabeça dele. Ela espia e ele está dentro da cascata dos cabelos dela. Ele ri. Ela também.
Depois ela é um quadrúpede e ele seu comandante. E ela marcha como ele diz pra ser. E depois ela é uma platéia hipnotizada e feliz na comédia. E ele tinha olhinhos bem pretos de ônix.
Então ele é um cardume dentro dela. E ela é um pelego atirado - um couro bovino no chão. E os pelos dele estão nela e no rosto dela estão as linhas da barba desenhadas. E nele estão a seiva e os cabelos dela. E eles indo, indo.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
cinco de junho de dois mil e oito
e dentro da manhã teve outras três manhãs
uma onde fui bem tratada num serviço público - achei tão bonito ir lá na ATP.
n´outra iniciei a mudança, mais uma no currículo
n´outra me encontrei com alguém.
Dentro da tarde teve mais umas três tardes e
à noite
umas duas noites.
completamente únicos e irrecuperáveis
também eu única e irrecuperável dentro disso tudo.
Não vejo tédio há muito tempo
me dedico inteiramente à minha vida
com muito olhar e composição
Mente quem disser que é tarefa fácil
Porque nenhuma é
dada nossa pequenez nesse mundo...
e dentro da manhã teve outras três manhãs
uma onde fui bem tratada num serviço público - achei tão bonito ir lá na ATP.
n´outra iniciei a mudança, mais uma no currículo
n´outra me encontrei com alguém.
Dentro da tarde teve mais umas três tardes e
à noite
umas duas noites.
completamente únicos e irrecuperáveis
também eu única e irrecuperável dentro disso tudo.
Não vejo tédio há muito tempo
me dedico inteiramente à minha vida
com muito olhar e composição
Mente quem disser que é tarefa fácil
Porque nenhuma é
dada nossa pequenez nesse mundo...
cinco de junho de dois mil e oito
e dentro da manhã teve outras três manhãs
uma onde fui bem tratada num serviço público - achei tão bonito ir lá na ATP.
n´outra iniciei a mudança, mais uma no currículo
n´outra me encontrei com alguém.
Dentro da tarde teve mais umas três tardes e
à noite
umas duas noites.
completamente únicos e irrecuperáveis
também eu única e irrecuperável dentro disso tudo.
Não vejo tédio há muito tempo
me dedico inteiramente à minha vida
com muito olhar e composição
Mente quem disser que é tarefa fácil
Porque nenhuma é
dada nossa pequenez nesse mundo...
e dentro da manhã teve outras três manhãs
uma onde fui bem tratada num serviço público - achei tão bonito ir lá na ATP.
n´outra iniciei a mudança, mais uma no currículo
n´outra me encontrei com alguém.
Dentro da tarde teve mais umas três tardes e
à noite
umas duas noites.
completamente únicos e irrecuperáveis
também eu única e irrecuperável dentro disso tudo.
Não vejo tédio há muito tempo
me dedico inteiramente à minha vida
com muito olhar e composição
Mente quem disser que é tarefa fácil
Porque nenhuma é
dada nossa pequenez nesse mundo...
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Degravação
Referiu a ré o seguinte:
que se olhou no espelho
já (a)pela segunda vez em cinco minutos
que constatava que nada mudara
que sabia que seu corpo era um túmulo
que não podia ser diferente porque não havia arrependimento (não havia nada)
que o sofá não era o mesmo
que o chão não era o mesmo
que as paredes não eram as mesmas
que isso ninguém notava
que só ela notava isso
que quando muda quem olha, as coisas antes mudas, passam a falar.
Que então ela ouvia o burburinho todo da sala
que ela ouvia silentemente
que ela sorria (o sorriso dela).
que se olhou no espelho
já (a)pela segunda vez em cinco minutos
que constatava que nada mudara
que sabia que seu corpo era um túmulo
que não podia ser diferente porque não havia arrependimento (não havia nada)
que o sofá não era o mesmo
que o chão não era o mesmo
que as paredes não eram as mesmas
que isso ninguém notava
que só ela notava isso
que quando muda quem olha, as coisas antes mudas, passam a falar.
Que então ela ouvia o burburinho todo da sala
que ela ouvia silentemente
que ela sorria (o sorriso dela).
Degravação
Referiu a ré o seguinte:
que se olhou no espelho
já (a)pela segunda vez em cinco minutos
que constatava que nada mudara
que sabia que seu corpo era um túmulo
que não podia ser diferente porque não havia arrependimento (não havia nada)
que o sofá não era o mesmo
que o chão não era o mesmo
que as paredes não eram as mesmas
que isso ninguém notava
que só ela notava isso
que quando muda quem olha, as coisas antes mudas, passam a falar.
Que então ela ouvia o burburinho todo da sala
que ela ouvia silentemente
que ela sorria (o sorriso dela).
que se olhou no espelho
já (a)pela segunda vez em cinco minutos
que constatava que nada mudara
que sabia que seu corpo era um túmulo
que não podia ser diferente porque não havia arrependimento (não havia nada)
que o sofá não era o mesmo
que o chão não era o mesmo
que as paredes não eram as mesmas
que isso ninguém notava
que só ela notava isso
que quando muda quem olha, as coisas antes mudas, passam a falar.
Que então ela ouvia o burburinho todo da sala
que ela ouvia silentemente
que ela sorria (o sorriso dela).
sábado, 31 de maio de 2008
Getting there is half the fun - Staying there is half the battle
olha,
te procuro,
se não sabes.
te esconjuro,
se não ouves.
e me abro o peito aos berros
não é sempre
mas acontece logo abaixo
aproximadamente íntimo
quase que veladamente
(sem o ser)
eu sou assistente!
só
assisto-me.
me risco, a colorir a pele
me arrisco nesse mundo
que não sou mulher de meio termo
(ao menos não até agora)
me entrego sempre que dá
dá prazer
desenredar-me.
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