segunda-feira, 28 de maio de 2007
Gripe
Que há de se dizer?
É a mudança do tempo,
É... Esse tempo louco (dizem).
Resposta: acontece...
Vem o pêndulo
Chorei tantas vezes hoje
Vertia-se-me meus olhos
Eumoção
Vem o pêndulo
Olha aí o dia morrendo
Veio a noite
Eumocionada
Vem o pêndulo
O desamparo é muito
E tão real...
Somos poucos os que ousam olhar
Mas todos sabemos: lá está
Vem o pêndulo
Não há nada além do vazio
Só as possibilidades espreitam
A cada badalada, outra
Ação
E já não está.
Vem o pêndulo
Morreu de quê?
Porque a vida acaba.
Até lá,
Vejo que tento fazer um bom trabalho comigo.
Gripe
Que há de se dizer?
É a mudança do tempo,
É... Esse tempo louco (dizem).
Resposta: acontece...
Vem o pêndulo
Chorei tantas vezes hoje
Vertia-se-me meus olhos
Eumoção
Vem o pêndulo
Olha aí o dia morrendo
Veio a noite
Eumocionada
Vem o pêndulo
O desamparo é muito
E tão real...
Somos poucos os que ousam olhar
Mas todos sabemos: lá está
Vem o pêndulo
Não há nada além do vazio
Só as possibilidades espreitam
A cada badalada, outra
Ação
E já não está.
Vem o pêndulo
Morreu de quê?
Porque a vida acaba.
Até lá,
Vejo que tento fazer um bom trabalho comigo.
terça-feira, 22 de maio de 2007
A Flor do Querer
Madrugada adentro
em mar digital
Uma capital, Outro serrano
E passou mais de um ano
Nas horas de encanto
Nas horas do encontro
Que foram vinte e poucas
De boca sem roupa
E vinho com bolhas
Despido da rolha
Onde a luz nos faltou
(e o copo entornou)
Sobrou-nos a chama
O sofá e a cama
O monomotor de vento
E o tempo mais lento
Perdido no espaço
No oco do abraço
Em milhas de pele
Que à boca compele
O seu percorrer
O meu decorrer
De volta à estrada
A nova jornada
Que a culpa resvala
E a curva revela
Que aflora o querer
Onde mora o prazer.
A Flor do Querer
Madrugada adentro
em mar digital
Uma capital, Outro serrano
E passou mais de um ano
Nas horas de encanto
Nas horas do encontro
Que foram vinte e poucas
De boca sem roupa
E vinho com bolhas
Despido da rolha
Onde a luz nos faltou
(e o copo entornou)
Sobrou-nos a chama
O sofá e a cama
O monomotor de vento
E o tempo mais lento
Perdido no espaço
No oco do abraço
Em milhas de pele
Que à boca compele
O seu percorrer
O meu decorrer
De volta à estrada
A nova jornada
Que a culpa resvala
E a curva revela
Que aflora o querer
Onde mora o prazer.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Acróstico da Toada Branda
Tecida de melodia
O nosso gênio comanda:
Afoitas, ao fim do dia
Línguas à pele nua
Hoje estréia pantomima
A calada boca tua
Brinca de fria assassina
Rasgando embora no peito
As rufadas do tambor
Não quero que tenha jeito
Canto assim a minha dor
Ainda que seja claro
E mais raro seja ainda
O grande esforço de amparo
Tremula, alva e linda
A bandeira com seu cheiro
Prece: que não se esgote!
E calo, igual ao mineiro
Tendo retida a epiglote
E o brado rico e algoz
Apresenta-se mudo sorriso
Zela (poema) a morte da voz
Ungindo o silêncio preciso
Lacra-sonho em casca de noz (nós).
(04.08.2006)
Acróstico da Toada Branda
Tecida de melodia
O nosso gênio comanda:
Afoitas, ao fim do dia
Línguas à pele nua
Hoje estréia pantomima
A calada boca tua
Brinca de fria assassina
Rasgando embora no peito
As rufadas do tambor
Não quero que tenha jeito
Canto assim a minha dor
Ainda que seja claro
E mais raro seja ainda
O grande esforço de amparo
Tremula, alva e linda
A bandeira com seu cheiro
Prece: que não se esgote!
E calo, igual ao mineiro
Tendo retida a epiglote
E o brado rico e algoz
Apresenta-se mudo sorriso
Zela (poema) a morte da voz
Ungindo o silêncio preciso
Lacra-sonho em casca de noz (nós).
(04.08.2006)
domingo, 13 de maio de 2007
Poema da Intimidade (Des)Velada
Do verso em que vôo na asa
Que quando o amor nos habita
É a alma que muda de casa
Pois
Quem nos assiste de fora
Mira iluso espelhamento
‘Quem é que falou agora?’
Côncavo discernimento...
Eis
Que em meu nome que falo
Tendo-o dentro de mim...
Tremo com sísmico abalo
Que bato do início ao fim
Será que quem vê desconfia
Que o câmbio da percepção
Revela a nossa harmonia
Ou nossa calada intenção?
Poema da Intimidade (Des)Velada
Do verso em que vôo na asa
Que quando o amor nos habita
É a alma que muda de casa
Pois
Quem nos assiste de fora
Mira iluso espelhamento
‘Quem é que falou agora?’
Côncavo discernimento...
Eis
Que em meu nome que falo
Tendo-o dentro de mim...
Tremo com sísmico abalo
Que bato do início ao fim
Será que quem vê desconfia
Que o câmbio da percepção
Revela a nossa harmonia
Ou nossa calada intenção?
sábado, 5 de maio de 2007
Soltura
Soltura
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Sabiá
A noite espalhada
Recorro à poesia
No recorrer do sol
A noite encolhida
Recolho poesia
Percorrido o mundo
Movida na noite
Revuelta poesia
Que sou mar
Grande de brincar
Iara de mim
E pequena Iansã
A Caetanear
Sou teu sabiá
Sabe-amar
Sabe-amar
Canta o sabiá
Achei que sabia amar
Mas é que amor não se sabe
E eu não sabia
(Se é)
O amor cai em pé
É gato escaldado
Esperto e rapina
O amor me alucina
De ser como é
E sou mar
Mar grande de amar
E me derramo em ti
Nas milhas de praia
A lamber-te areia
A brilhar lantejoulas
Na beira do mar
E eu beiro a ti
A me cercear
No abraço que contém
Um oceano
O meu se derrama
(E ama)
Vem pratear
O pranto distante
De quem não está
Sou mais viva hoje
No tempo de amar
Que existe num quando
Instante em piscar
(Te amo, querido.
Mas parla piano
Que sou cristalina
No medo de amar)
Sou tua menina
O teu sabiá
Sabiá
A noite espalhada
Recorro à poesia
No recorrer do sol
A noite encolhida
Recolho poesia
Percorrido o mundo
Movida na noite
Revuelta poesia
Que sou mar
Grande de brincar
Iara de mim
E pequena Iansã
A Caetanear
Sou teu sabiá
Sabe-amar
Sabe-amar
Canta o sabiá
Achei que sabia amar
Mas é que amor não se sabe
E eu não sabia
(Se é)
O amor cai em pé
É gato escaldado
Esperto e rapina
O amor me alucina
De ser como é
E sou mar
Mar grande de amar
E me derramo em ti
Nas milhas de praia
A lamber-te areia
A brilhar lantejoulas
Na beira do mar
E eu beiro a ti
A me cercear
No abraço que contém
Um oceano
O meu se derrama
(E ama)
Vem pratear
O pranto distante
De quem não está
Sou mais viva hoje
No tempo de amar
Que existe num quando
Instante em piscar
(Te amo, querido.
Mas parla piano
Que sou cristalina
No medo de amar)
Sou tua menina
O teu sabiá