A toada é branda
Tecida de melodia
O nosso gênio comanda:
Afoitas, ao fim do dia
Línguas à pele nua
Hoje estréia pantomima
A calada boca tua
Brinca de fria assassina
Rasgando embora no peito
As rufadas do tambor
Não quero que tenha jeito
Canto assim a minha dor
Ainda que seja claro
E mais raro seja ainda
O grande esforço de amparo
Tremula, alva e linda
A bandeira com seu cheiro
Prece: que não se esgote!
E calo, igual ao mineiro
Tendo retida a epiglote
E o brado rico e algoz
Apresenta-se mudo sorriso
Zela (poema) a morte da voz
Ungindo o silêncio preciso
Lacra-sonho em casca de noz (nós).
(04.08.2006)
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