Amarelo parede da infância
Cachaça de arder a garrafa
O fogo prende os cabelos grisalhos
Vidro fechado escancara
Rãs e ratos
Na porta da casa de praia
Uma e meia
O silêncio do pai
Oxida no barro
Fui eu
Nove vidas na ausência
O corpo esquartejado com andorinhas
Respiro para não enlouquecer
O vão que não tenho entre as coxas
O que sai de tuas narinas
Tudo outra vez
Nunca entendeu que somos duas pessoas
No carro, de mãos dadas
No gancho mora o cinto
Para quem dobro meu corpo
A tiavó era de madeira
Um lento patchouli
Meiodia a dormir em pregos
A insônia é jamais
Sordidez é ajuda
No duplo suicídio
Se cumpre o sono invertido
A luz fratura o osso e
Surge um par de sinusites
Pedi perdão para mim,
quando me deixei
Minha música, a repetição
O inferno, a sobreposição
Espuma é doença e miasma
Dentro do logro materno
A noite balança e passa
Oi, Cíntia...
ResponderExcluirBonito de ler, melhor de fazer (isso é pra nós)!
Só mesmo a poesia pra abrir um sorriso na cara feia da segunda-feira!
Bjs.
E eu acrescento ao comentário da Wania que mais legal ainda foi ouvir tua escrita livre com a tua voz, que é uma delícia. Por falar em voz, quando vamos combinar uma roda de violão? Quem sabe numa segunda depois da aula?
ResponderExcluirBeijos!
"Quando uma mulher perde o amante,quando uma garota perde o emprego,quando o médico dá a notícia fatal,quando a sorte se manda,o jantar fracassa,as dores do parto começam,o escândalo vem a furo,a tempestade se desencadeia,a outra mulher passa, triunfante...
ResponderExcluirUm traço repentino de batom nos lábios quer dizer CORAGEM"
(Harper's Bazaar, 1946)
Escrevi isso "lá" e lembrei muito de "sí", queria te dar aqui, só pra lembrar da "ré", e esquecer o "dó"!
Por isso.
Beijo Neneca
Eu tb quero essa tal de roda de violão na segunda!!
ResponderExcluirbárbaro, estupendo, estupefaciante!
ResponderExcluirbeijo, minha sis