Amarelo parede da infância
Cachaça de arder a garrafa
O fogo prende os cabelos grisalhos
Vidro fechado escancara
Rãs e ratos
Na porta da casa de praia
Uma e meia
O silêncio do pai
Oxida no barro
Fui eu
Nove vidas na ausência
O corpo esquartejado com andorinhas
Respiro para não enlouquecer
O vão que não tenho entre as coxas
O que sai de tuas narinas
Tudo outra vez
Nunca entendeu que somos duas pessoas
No carro, de mãos dadas
No gancho mora o cinto
Para quem dobro meu corpo
A tiavó era de madeira
Um lento patchouli
Meiodia a dormir em pregos
A insônia é jamais
Sordidez é ajuda
No duplo suicídio
Se cumpre o sono invertido
A luz fratura o osso e
Surge um par de sinusites
Pedi perdão para mim,
quando me deixei
Minha música, a repetição
O inferno, a sobreposição
Espuma é doença e miasma
Dentro do logro materno
A noite balança e passa
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