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terça-feira, 7 de abril de 2009

Escrita Livre

Amarelo parede da infância
Cachaça de arder a garrafa
O fogo prende os cabelos grisalhos
Vidro fechado escancara
Rãs e ratos
Na porta da casa de praia

Uma e meia

O silêncio do pai
Oxida no barro

Fui eu
Nove vidas na ausência
O corpo esquartejado com andorinhas
Respiro para não enlouquecer
O vão que não tenho entre as coxas

O que sai de tuas narinas
Tudo outra vez

Nunca entendeu que somos duas pessoas
No carro, de mãos dadas

No gancho mora o cinto
Para quem dobro meu corpo

A tiavó era de madeira
Um lento patchouli
Meiodia a dormir em pregos
A insônia é jamais
Sordidez é ajuda

No duplo suicídio
Se cumpre o sono invertido

A luz fratura o osso e
Surge um par de sinusites


Pedi perdão para mim,
quando me deixei

Minha música, a repetição
O inferno, a sobreposição
Espuma é doença e miasma

Dentro do logro materno
A noite balança e passa

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