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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Band(alh)eira é Remédio

vagando
a alma ainda amanhecendo

meu corpo vibra-som é imatérico,
mas já começa a ver:
a poeira da noite é um móbile matinal.

o café me faz sóbria das sobras
e elas são todas carícias
(e as pernas são ainda tremores)

me reconstruo com a ajuda tua
que me dá de beber e de colar
em teu agudo instinto amoroso
que (tu) tão pouco ainda reconhece:
anônimo pra ti
balsâmico pra mim

e (muito) penso em Manuel Bandeira:
se as almas não se entendem
deixe que os corpos falem.

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