terça-feira, 16 de janeiro de 2007
Descabimento
E tu...
Apolo cibernético
A exibir-se pra mim
Eu, a fã.
Eu, o afã
Arfando todo
Renascendo
E o desejo
(ah, o desejo...)
A alucinar-me
Lupificar-me
(foi a lua?)
Foi o sol
O sol
Apolíneo-dionisíaco
Que vi em ti
Através de ti
Tua imagem
Desnuda
De carne e sangue e veias
E alma
É sol de meu desejo
A iluminar todo meu dia
A repousar-me os olhos
De toda a feiúra do mundo
A imagem muda e móvel
Fez-se feroz desalinho
Aninhando-se
Carente de mim
E me vendo
E me tendo
Toda
Vivos, sem dúvida
Sem pensar
Embalando-nos
Sou a manhã cheia de sono
A tarde morna de maçã
A noite negra enluarada
Refletindo o sol
Reflito
Sobre tua pele lisa e macia
E clara
E salivo
Como quem deseja o doce
Como quem precisa
E te preciso, amor meu
E que bem é precisar-te
Necessária saudade
Prescindível saudade
E ter-te
Mesmo que de frente
Pela janela
Mesmo que feito de luz
Literalmente
É gozar em azáfama
De todos os eus
Que somos
(é descaber-se).
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