Lawrence Barraclough fez um documentário sobre seu pequeno pênis. Mais que um filme, o cineasta londrino criou um jeito de se curar da doença mental, sua companheira desde a infância.
As filmagens revelam que ele peregrinou entre médicos, conversou com mulheres em boates, visitou sets de pornografia, debateu com a namorada que afirmava incansável que estava feliz com o tamanho do pênis dele.
Mas Lawrence não se satisfazia com as respostas e insistia no trauma.
Em um determinado momento, o protagonista confessa que gostaria de ter um pênis "normal", que funcionaria quando ele quisesse, com o qual ele estaria certo de satisfazer a parceira.
Dentro desta sentença é que encontramos o núcleo patológico: o moço queria uma sexualidade que ninguém tem. Acreditava que para os outros havia esse exercício sexual contínuo, afortunado e pleno. Mais que isso: atribuía ao pênis a possibilidade de satisfazer a parceira, simplificando às raias do delírio o que é uma relação sexual.
Ele achou seu caminho para viver melhor através das conversas, das verdades, de assumir quem ele pensava que era. Com isso, Lawrence deu o passo fundamental em direção a quem ele quer se tornar - essa é nossa saúde mental.
Confira a Estreia de Cínthya Verri (@cinthyaverri) no quadro Crônica Falada, Programa Camarote TVCOM.
Exibido em 05.01.2010
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