Andrea Franco escreveu o livro Por Que Toda Mulher Precisa de um Gay em Sua Vida.
Relata em entrevista à Ciça Vallerio, repórter de O Estado de São Paulo, que sequer usou a própria experiência: foi motivada pela curiosidade que ela registrou o tema.
A autora defende a tese dizendo que há milhares de comunidades no Orkut de mulheres que amam e preferem seus amigos gays.
É uma nova facção? Uma seção entre as amizades? Um partido dos conhecidos?
Afirma que o gay não compete e não exige sexualmente sua companheira, é divertido, atencioso, ambos desfrutarão de cumplicidade autêntica.
Essa teoria soa absurda: reforça estereótipos, questiona a força de uma relação natural entre gente de qualquer preferência sexual, desqualifica com pretenso reconhecimento de classe e pior – posiciona os gays como o próximo objeto de consumo da mulher: é o must have da estação.
Um pet, um bichinho, um companheirinho, um personal stylist grátis, um amiguinho para dançar que conversará com a mulher sobre o mundo dela. Virou o boneco inflável.
Ela acredita que o preconceito cura a hipocrisia.
Estigmatizadora e reducionista, a parábola do amigo gay merece um outro olhar:
é o mesmo que dizer que temos que ter uma mulata para ir ao pagode, uma negrinha na cozinha e um judeu chefiando o departamento financeiro. Nada de novo, nada de bonito e nem um pouco engraçado.
Ser gay não é uma novidade. Não podemos deixar a segregação voltar à moda.
Confira a Crônica Falada de Cínthya Verri
no Talk Radio da Katia Suman; Rádio Itapema FM
(arraste a rolagem para 22 minutos do programa)
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