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sábado, 22 de junho de 2013

O MINISTÉRIO DA FELICIDADE



No início das manifestações, cheguei a questionar: tudo bem, não é por vinte centavos. Mas afinal, por que estamos protestando?

Apelei para a psicanálise supondo que poderia ter a ver com essa nossa mãe, a presidenta. Sua figura poderia nos inspirar a bater panelas, como se atendêssemos seus desejos secretos de mobilização mostrando que somos frutos que não caem longe da árvore. Ou ainda, quem sabe sabemos que essa mãe aguenta, suporta reclamações e choros altos madrugada afora. Enfim, especulações sobre nosso inconsciente coletivo. Mas o coletivo não tem sonhos para eu espiar, não diz lapsos, não comete atos falhos. Como saber? Não tenho um divã gigante.

Nossa autoestima melhorou nos últimos anos: subimos no conceito internacional, agora falam do Brasil por aí, começamos a ser citados em filmes, um lugar para se ver crescendo, um país que atraiu olhares dos outros pelo potencial. Muito mais gente querendo ficar do que ir embora. Cada vez menos sonhamos em ir morar no Canadá, queremos fazer um lugar melhor aqui, cuidar de casa. A estabilidade econômica apareceu um pouco e compramos geladeira, fogão, sofá e televisão novos. Tudo no carnê, mas compramos. Compramos um carro ou uma moto. Parecemos gente grande.

Talvez seja essa avaliação subjetiva sobre nós mesmos que esteja nos ajudando a ter coragem de querer mais. Agora acreditamos que merecemos mais. Olhei os cartazes, observei as pessoas, cada pequeno grupo com interesses seus, alguns tocando em outros quereres, pontos de concordância aqui e ali. Aos poucos, fui descobrindo uma coisa maior. O que temos em comum é a infelicidade. Há alguns anos li sobre O governo do Butão, país asiático no Sul da China, que tinha se tornado referência nas políticas públicas de bem-estar social. O rei Jigme Singye Wangchuk inventou o Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). Achei extremamente legítimo: FIB vale mais que PIB.

O índice mostra claramente que, ao contrário das críticas de alguns que não buscaram entender exatamente o que propunham as emendas do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e da deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS), a medição da felicidade não é subjetiva. Não se trata de contabilizar momentos de alegria durante o carnaval. O que o índice mede é a satisfação pessoal do cidadão levando em consideração pilares como educação, saúde e cultura. Na verdade, ele torna menos subjetivo o acompanhamento da prestação desses serviços. Se a média dos cidadãos não está feliz com um deles, é sinal de que é preciso fazer mudanças.

Lá, eles observaram que a satisfação das pessoas está ligada à conquista dos direitos sociais básicos como educação de qualidade ou atendimento pleno de saúde. Mais ou menos o que estamos estampando na maioria de nossos cartazes.

Muito do que nos faz felizes é cuidar e sermos cuidados. Talvez estejamos denunciando a negligência do pai enquanto a mãe não chegava. Talvez esses pais não tenham cuidado direito da gente e tenhamos a esperança de achar um colo mais amoroso na mãe.

De qualquer forma, quero aproveitar para sonhar com um Brasil mais Butão, com mais vontade de saber o que faz nossa gente feliz. Com mais vontade de fazer nossa gente feliz.

terça-feira, 18 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Festa no Ocidente - Xô Exu!


Queridos amigos,
minha casa foi assaltada na quinta-feira, 30 de maio, o dia do feriado. Saí para a aula de francês às 11h e, quando voltei, surpresa desagradável, tinham limpado o apartamento. Além do macbook, do HD, do Playstation etc etc, levaram minha câmera e minhas lentes, mais ou menos dez mil reais em equipamento fotográfico que tinha levado alguns aninhos para adquirir. Não tenho como comprar isso de volta tão cedo, principalmente porque tinham arrombado meu carro dentro do Zaffari em novembro e levado meu outro macbook, hd e iPad. O computador novo eu nem terminei de pagar. O Bob Bahlis e a Katia Suman assumiram a ideia da Luciane Bottona de fazermos um evento para levantar fundos. Eu achei um gesto lindo de amizade e carinho e estou achando melhor que aniversário. E olha que eu amo fazer aniversário. ♥

A proposta é a seguinte: faremos um show de várias coisas legais no Ocidente e vocês são convidados para participar e convidar quem quiser vir. O dinheiro arrecadado será para a compra da câmera nova :) As atrações estão sendo conjugadas pelo Bob e a Katia será a MC da festa. Entre os confirmados estão: As Mulheres que Amavam Gainsbourg; Vagner Cunha e discotecagem da Katia e do Ismael Caneppele no melhor estilo Domingo no Parque. Aos poucos vou atualizando tudo o que estamos preparando para essa festa que já é, acima de tudo, uma afirmação de que He-man estava certo e o bem vence o mal. ♥ Já reservem a data e vamos curtir juntos isso de estarmos juntos.
Beijos e amor,
Cin

Serviço:
Festa Xô Exu!
Quarta, dia 19 de junho.
A partir das 20h
Ocidente Clube
Osvaldo Aranha, 960

Leitura de Silencioso Como o Paraíso


Leitura de Silencioso como o Paraíso, de Vicente Cecim.
Teaser para o Festipoa 2013

Retalhos




Todo o fim do amor é triste/ porque não é o fim do amor/ é como voltar a fumar/ Todo o fim do amor é triste/ porque não é o fim do amor/ é como tentar se matar/ sem acabar com a vida/ saída clandestina/ pra se poupar passagem/ pra se poupar despesa/ pra se poupar trabalho/ Todo o fim do amor é sorte/ porque não é o fim do amor/ correr sem sair do lugar/ como num pesadelo/ reconhecer no espelho/ não mais que uma miragem/ o que nos dá tristeza/ apenas espantalho/ Todo o fim do amor é medo/ porque não é o fim do amor/ é como não saber nadar/ se afogar no tédio/ mesmo depois de velho/ ser mesmo uma paisagem/ que passa sem surpresa/ tentar pegar atalho/ Todo o fim do amor é sempre/ porque não é o fim da dor/ é como acabar com o amor/ antes do fim do enredo/ estragar seu mistério/ acreditar na imagem/ vestido de princesa/ tecido de retalho.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Coisas que Porto Alegre Fala

Fotos do Coisas Que Porto Alegre Fala,
espetáculo que bateu o recorde de público para teatro no Rio Grande do Sul.
Auditório Araújo Viana, 19 de maio de 2013.
Direção de Marco Carvalho.
No elenco: Gisela Sparremberger, Juliana Thomaz, Cristiano Godinho e Lucas Sampaio.
Participação especial de Ricardo Macchi

Para ver todo o álbum, visite: https://plus.google.com/photos/115458960140286418399/albums/5881028876809563377