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terça-feira, 23 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Um espetáculo cênico-musical conta a vida e a obra de Serge Gainsbourg

AS MULHERES QUE AMAVAM GAINSBOURG fazem uma tríade de apresentações inéditas nos dias 26, 27 e 28 de Julho no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana.



O grupo, que já ousou na Feira do Livro de Porto Alegre e durante a cerimônia de indicações do Prêmio Açorianos, também teve público de mais de mil pessoas na entrega do prêmios Marcas de Quem Decide. Antes apenas em formato show, agora é um espetáculo cênico-musical que apresenta uma narrativa da vida, carreira e polêmicas de Serge Gainsbourg.

Um dos principais ídolos franceses, Gainsbourg foi músico, cantor e compositor, poeta, artista plástico e diretor.

Considerado um poeta da melodia, ele revolucionou a letra com suas histórias de duplo sentido, seu gosto plástico para temas contemporâneos e seus personagens do dia-a-dia. Pela sua voz, ficamos conhecendo o que pensam o bilheteiro do trem, o órfão, o apaixonado, o desiludido, o bêbado.  Era também um mestre em escândalos: guardava vasta reputação a respeito de seu comportamento impulsivo, agressivo e inconsequente. A popularidade cresceu nos jornais e terminou nos tabloides. Seu velório, em março de 1991, parou as ruas de Paris e trouxe a redenção de sua fama quando o presidente declarou que perdiam um grande homem.

Nasceu em 1928 e cresceu na França ocupada pelos nazistas. Além da estrela amarela, obrigatoriamente costurada à roupa que o identificava como judeu, seu nome original – Lucien Ginzburg – instigava preconceito. Adotou “Serge” para representar sua origem russsa e elegeu “Gainsbourg” como homenagem ao pintor Thomas Gainsborough.  Aprendeu piano com o pai e iniciou a carreira através da chanson e dos cabarés.

Tornou-se um dos músicos mais influentes do mundo. Escreveu canções para diversos intérpretes: Juliette Gréco, Françoise Hardy, France Gall, Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, Isabelle Adjani, Vanessa Paradis e sua esposa Jane Birkin, mãe de sua filha, a atriz e cantora Charlotte Gainsbourg.  Sua última companheira foi Bambou. Em 1986, teve um filho a quem designou o mesmo Lucien Ginzburg, abandonado tantos anos atrás.


No repertório, 16 músicas com versões traduzidas para o português de maneira lúcida e irreverente, na voz de dez atores/cantores sob a direção de Bob Bahlis.

Direção Geral: Bob Bahlis
Roteiro e Direção Cênica: Cristiano Godinho
Direção Musical: Leo Ferlauto
Coreografias: Thais Petzhold
Figurino: Dalva Partichelli
Versões em Português: Cínthya Verri, Cristiano Godinho e Eliana Guedes
Elenco: Boni Rangel, Carolina Diogo, Cínthya Verri, Cristiano Godinho,
Danniel Coelho, Eliana Guedes, Fabíola Barreto, Jordan Martini, Leo
Ferlauto e Martha Brito
Músico Convidado: Fernando Matos

AS MULHERES QUE AMAVAM GAINSBOURG
26 e 27/07 (Sexta e sábado - às 21h) e 28/07 (Domingo - às 20h)
Onde: Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736) - Teatro
Bruno Kiefer Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (antecipados na Bamboletras, estudantes,
idosos, classe artística e Clube do Assinante ZH)
Bilheteria: 1h antes do espetáculo, no local. Antecipados: Livraria Bamboletras

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sem Fim

O apaixonado não acaba de desejar.

Biafra



Tenho adoração por carros. Na minha família, o idioma dos automóveis é a igualdade com os homens. Meu pai diz que a gente conhece o motorista pela ré; meu empenho máximo foi para surpreendê-lo andando de costas.

É fato que eu tentasse impressionar o pai, já que com a mãe havia perdido a esperança. Não poderia nunca acusá-la de ausência, por exemplo. Não se trata disso — comparecia a todas as apresentações e às reuniões de pais e mestres na escola; comprava nossas roupas e materiais didáticos; supervisionava as brincadeiras e educava plenamente, inclusive modos para sentar-se à mesa e receber visitas. Minha mãe era completamente presente.

Exceto nas crises de nevralgia.

Minha mãe sofria dores súbitas no nervo trigêmio. O choque percorria metade do rosto e seus dentes. Um curto circuito ardido e latejante que se arrastava por horas. Como qualquer tortura eficaz, não mantinha padrão: os segundos entre cada choque e a intensidade em volts eram irregulares. O tipo de dor que gera suicidas.

Quando ela adoecia, eu pressentia o ataque já na metade do quarteirão — vinha chegando da escola. A rua destilava a dor pelo ar ou talvez fosse simplesmente meu medo funcionando feito antena parabólica. Eu tinha medo de mim. Eu tinha medo de deus.

Vivíamos em torno dessa coisa sem poder dizer sobre ela.

A mãe estaria no escuro total, deitada no quarto como uma pantera. O cilindro de oxigênio montava sentinela ao lado da cama.

Eu administrava o pavor de que ela morresse. Ninguém me explicou que aquilo não matava, só maltratava. E aquela falta de legenda dava tonturas.

De certo modo, às vezes, torcia para que ela não se levantasse. Então eu imaginava que poderia ser uma menina órfã muito delicada e que meu pai poderia arranjar uma mãe mais carinhosa, mais dócil que a minha.

O pai me sentava no colo à tardinha. Pedia que eu jurasse que era meu amor, que estaria sempre atenta para o que outros homens fariam. Depois, pedia que eu repetisse, como em um juramento, que cuidaria dele quando ficasse velho. Que seria sempre dele.

É claro que eu não queria que ela morresse, mas sonhava como seria uma vida sem ela.
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Trecho de Biafra, meu romance em andamento, vencedor do Prêmio da Biblioteca Nacional
Foto de um dos trabalhos do caderninho, ilustrações que estou trabalhando para o livro.

sábado, 13 de julho de 2013

BRIGITTANDO



Serei a Brigitte Bardot na peça As Mulheres que Amavam Gainsbourg


Tem sido um grande desafio brincar de ser BB. Suporto com dificuldade a sensação e entendo cada vez mais porque ela se aposentou aos 39 anos. Venha conferir o espetáculo, dias 26, 27 e 28 de julho, no Teatro Bruno Kiefer (CCMQ). 

Fiz até um CVExplica comentando o assunto Brigitte Bardot & ser uma mulher nos dias de ontem e hoje e sempre. 

Ouça aqui neste link http://www.radioeletrica.com/blog/2013/07/12/cv-explica-brigitte-bardot-citnthya-verri-11-07-13-radioeletrica-com/

terça-feira, 2 de julho de 2013

Spam

Pelo SPAM a gente sabe os três maiores anseios da humanidade:
parar de fumar, emagrecer e aumentar o pênis.