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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal

Não teremos brinquedos – seremos o brinquedo.
São poucos os briquedos que nos brincam.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mau Senso

Neurose: ter grandes dotes poéticos e imaginativos e mantê-los sob o controle de um agudo e crítico bom senso.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ainda Bem.

Amar é dançar conforme a surpresa e desistir da hipocrisia.
Não é como a gente esperava.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Um espetáculo cênico-musical conta a vida e a obra de Serge Gainsbourg

AS MULHERES QUE AMAVAM GAINSBOURG fazem uma tríade de apresentações inéditas nos dias 26, 27 e 28 de Julho no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana.



O grupo, que já ousou na Feira do Livro de Porto Alegre e durante a cerimônia de indicações do Prêmio Açorianos, também teve público de mais de mil pessoas na entrega do prêmios Marcas de Quem Decide. Antes apenas em formato show, agora é um espetáculo cênico-musical que apresenta uma narrativa da vida, carreira e polêmicas de Serge Gainsbourg.

Um dos principais ídolos franceses, Gainsbourg foi músico, cantor e compositor, poeta, artista plástico e diretor.

Considerado um poeta da melodia, ele revolucionou a letra com suas histórias de duplo sentido, seu gosto plástico para temas contemporâneos e seus personagens do dia-a-dia. Pela sua voz, ficamos conhecendo o que pensam o bilheteiro do trem, o órfão, o apaixonado, o desiludido, o bêbado.  Era também um mestre em escândalos: guardava vasta reputação a respeito de seu comportamento impulsivo, agressivo e inconsequente. A popularidade cresceu nos jornais e terminou nos tabloides. Seu velório, em março de 1991, parou as ruas de Paris e trouxe a redenção de sua fama quando o presidente declarou que perdiam um grande homem.

Nasceu em 1928 e cresceu na França ocupada pelos nazistas. Além da estrela amarela, obrigatoriamente costurada à roupa que o identificava como judeu, seu nome original – Lucien Ginzburg – instigava preconceito. Adotou “Serge” para representar sua origem russsa e elegeu “Gainsbourg” como homenagem ao pintor Thomas Gainsborough.  Aprendeu piano com o pai e iniciou a carreira através da chanson e dos cabarés.

Tornou-se um dos músicos mais influentes do mundo. Escreveu canções para diversos intérpretes: Juliette Gréco, Françoise Hardy, France Gall, Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, Isabelle Adjani, Vanessa Paradis e sua esposa Jane Birkin, mãe de sua filha, a atriz e cantora Charlotte Gainsbourg.  Sua última companheira foi Bambou. Em 1986, teve um filho a quem designou o mesmo Lucien Ginzburg, abandonado tantos anos atrás.


No repertório, 16 músicas com versões traduzidas para o português de maneira lúcida e irreverente, na voz de dez atores/cantores sob a direção de Bob Bahlis.

Direção Geral: Bob Bahlis
Roteiro e Direção Cênica: Cristiano Godinho
Direção Musical: Leo Ferlauto
Coreografias: Thais Petzhold
Figurino: Dalva Partichelli
Versões em Português: Cínthya Verri, Cristiano Godinho e Eliana Guedes
Elenco: Boni Rangel, Carolina Diogo, Cínthya Verri, Cristiano Godinho,
Danniel Coelho, Eliana Guedes, Fabíola Barreto, Jordan Martini, Leo
Ferlauto e Martha Brito
Músico Convidado: Fernando Matos

AS MULHERES QUE AMAVAM GAINSBOURG
26 e 27/07 (Sexta e sábado - às 21h) e 28/07 (Domingo - às 20h)
Onde: Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736) - Teatro
Bruno Kiefer Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (antecipados na Bamboletras, estudantes,
idosos, classe artística e Clube do Assinante ZH)
Bilheteria: 1h antes do espetáculo, no local. Antecipados: Livraria Bamboletras

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sem Fim

O apaixonado não acaba de desejar.

Biafra



Tenho adoração por carros. Na minha família, o idioma dos automóveis é a igualdade com os homens. Meu pai diz que a gente conhece o motorista pela ré; meu empenho máximo foi para surpreendê-lo andando de costas.

É fato que eu tentasse impressionar o pai, já que com a mãe havia perdido a esperança. Não poderia nunca acusá-la de ausência, por exemplo. Não se trata disso — comparecia a todas as apresentações e às reuniões de pais e mestres na escola; comprava nossas roupas e materiais didáticos; supervisionava as brincadeiras e educava plenamente, inclusive modos para sentar-se à mesa e receber visitas. Minha mãe era completamente presente.

Exceto nas crises de nevralgia.

Minha mãe sofria dores súbitas no nervo trigêmio. O choque percorria metade do rosto e seus dentes. Um curto circuito ardido e latejante que se arrastava por horas. Como qualquer tortura eficaz, não mantinha padrão: os segundos entre cada choque e a intensidade em volts eram irregulares. O tipo de dor que gera suicidas.

Quando ela adoecia, eu pressentia o ataque já na metade do quarteirão — vinha chegando da escola. A rua destilava a dor pelo ar ou talvez fosse simplesmente meu medo funcionando feito antena parabólica. Eu tinha medo de mim. Eu tinha medo de deus.

Vivíamos em torno dessa coisa sem poder dizer sobre ela.

A mãe estaria no escuro total, deitada no quarto como uma pantera. O cilindro de oxigênio montava sentinela ao lado da cama.

Eu administrava o pavor de que ela morresse. Ninguém me explicou que aquilo não matava, só maltratava. E aquela falta de legenda dava tonturas.

De certo modo, às vezes, torcia para que ela não se levantasse. Então eu imaginava que poderia ser uma menina órfã muito delicada e que meu pai poderia arranjar uma mãe mais carinhosa, mais dócil que a minha.

O pai me sentava no colo à tardinha. Pedia que eu jurasse que era meu amor, que estaria sempre atenta para o que outros homens fariam. Depois, pedia que eu repetisse, como em um juramento, que cuidaria dele quando ficasse velho. Que seria sempre dele.

É claro que eu não queria que ela morresse, mas sonhava como seria uma vida sem ela.
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Trecho de Biafra, meu romance em andamento, vencedor do Prêmio da Biblioteca Nacional
Foto de um dos trabalhos do caderninho, ilustrações que estou trabalhando para o livro.

sábado, 13 de julho de 2013

BRIGITTANDO



Serei a Brigitte Bardot na peça As Mulheres que Amavam Gainsbourg


Tem sido um grande desafio brincar de ser BB. Suporto com dificuldade a sensação e entendo cada vez mais porque ela se aposentou aos 39 anos. Venha conferir o espetáculo, dias 26, 27 e 28 de julho, no Teatro Bruno Kiefer (CCMQ). 

Fiz até um CVExplica comentando o assunto Brigitte Bardot & ser uma mulher nos dias de ontem e hoje e sempre. 

Ouça aqui neste link http://www.radioeletrica.com/blog/2013/07/12/cv-explica-brigitte-bardot-citnthya-verri-11-07-13-radioeletrica-com/

terça-feira, 2 de julho de 2013

Spam

Pelo SPAM a gente sabe os três maiores anseios da humanidade:
parar de fumar, emagrecer e aumentar o pênis.

sábado, 22 de junho de 2013

O MINISTÉRIO DA FELICIDADE



No início das manifestações, cheguei a questionar: tudo bem, não é por vinte centavos. Mas afinal, por que estamos protestando?

Apelei para a psicanálise supondo que poderia ter a ver com essa nossa mãe, a presidenta. Sua figura poderia nos inspirar a bater panelas, como se atendêssemos seus desejos secretos de mobilização mostrando que somos frutos que não caem longe da árvore. Ou ainda, quem sabe sabemos que essa mãe aguenta, suporta reclamações e choros altos madrugada afora. Enfim, especulações sobre nosso inconsciente coletivo. Mas o coletivo não tem sonhos para eu espiar, não diz lapsos, não comete atos falhos. Como saber? Não tenho um divã gigante.

Nossa autoestima melhorou nos últimos anos: subimos no conceito internacional, agora falam do Brasil por aí, começamos a ser citados em filmes, um lugar para se ver crescendo, um país que atraiu olhares dos outros pelo potencial. Muito mais gente querendo ficar do que ir embora. Cada vez menos sonhamos em ir morar no Canadá, queremos fazer um lugar melhor aqui, cuidar de casa. A estabilidade econômica apareceu um pouco e compramos geladeira, fogão, sofá e televisão novos. Tudo no carnê, mas compramos. Compramos um carro ou uma moto. Parecemos gente grande.

Talvez seja essa avaliação subjetiva sobre nós mesmos que esteja nos ajudando a ter coragem de querer mais. Agora acreditamos que merecemos mais. Olhei os cartazes, observei as pessoas, cada pequeno grupo com interesses seus, alguns tocando em outros quereres, pontos de concordância aqui e ali. Aos poucos, fui descobrindo uma coisa maior. O que temos em comum é a infelicidade. Há alguns anos li sobre O governo do Butão, país asiático no Sul da China, que tinha se tornado referência nas políticas públicas de bem-estar social. O rei Jigme Singye Wangchuk inventou o Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). Achei extremamente legítimo: FIB vale mais que PIB.

O índice mostra claramente que, ao contrário das críticas de alguns que não buscaram entender exatamente o que propunham as emendas do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e da deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS), a medição da felicidade não é subjetiva. Não se trata de contabilizar momentos de alegria durante o carnaval. O que o índice mede é a satisfação pessoal do cidadão levando em consideração pilares como educação, saúde e cultura. Na verdade, ele torna menos subjetivo o acompanhamento da prestação desses serviços. Se a média dos cidadãos não está feliz com um deles, é sinal de que é preciso fazer mudanças.

Lá, eles observaram que a satisfação das pessoas está ligada à conquista dos direitos sociais básicos como educação de qualidade ou atendimento pleno de saúde. Mais ou menos o que estamos estampando na maioria de nossos cartazes.

Muito do que nos faz felizes é cuidar e sermos cuidados. Talvez estejamos denunciando a negligência do pai enquanto a mãe não chegava. Talvez esses pais não tenham cuidado direito da gente e tenhamos a esperança de achar um colo mais amoroso na mãe.

De qualquer forma, quero aproveitar para sonhar com um Brasil mais Butão, com mais vontade de saber o que faz nossa gente feliz. Com mais vontade de fazer nossa gente feliz.

terça-feira, 18 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Festa no Ocidente - Xô Exu!


Queridos amigos,
minha casa foi assaltada na quinta-feira, 30 de maio, o dia do feriado. Saí para a aula de francês às 11h e, quando voltei, surpresa desagradável, tinham limpado o apartamento. Além do macbook, do HD, do Playstation etc etc, levaram minha câmera e minhas lentes, mais ou menos dez mil reais em equipamento fotográfico que tinha levado alguns aninhos para adquirir. Não tenho como comprar isso de volta tão cedo, principalmente porque tinham arrombado meu carro dentro do Zaffari em novembro e levado meu outro macbook, hd e iPad. O computador novo eu nem terminei de pagar. O Bob Bahlis e a Katia Suman assumiram a ideia da Luciane Bottona de fazermos um evento para levantar fundos. Eu achei um gesto lindo de amizade e carinho e estou achando melhor que aniversário. E olha que eu amo fazer aniversário. ♥

A proposta é a seguinte: faremos um show de várias coisas legais no Ocidente e vocês são convidados para participar e convidar quem quiser vir. O dinheiro arrecadado será para a compra da câmera nova :) As atrações estão sendo conjugadas pelo Bob e a Katia será a MC da festa. Entre os confirmados estão: As Mulheres que Amavam Gainsbourg; Vagner Cunha e discotecagem da Katia e do Ismael Caneppele no melhor estilo Domingo no Parque. Aos poucos vou atualizando tudo o que estamos preparando para essa festa que já é, acima de tudo, uma afirmação de que He-man estava certo e o bem vence o mal. ♥ Já reservem a data e vamos curtir juntos isso de estarmos juntos.
Beijos e amor,
Cin

Serviço:
Festa Xô Exu!
Quarta, dia 19 de junho.
A partir das 20h
Ocidente Clube
Osvaldo Aranha, 960

Leitura de Silencioso Como o Paraíso


Leitura de Silencioso como o Paraíso, de Vicente Cecim.
Teaser para o Festipoa 2013

Retalhos




Todo o fim do amor é triste/ porque não é o fim do amor/ é como voltar a fumar/ Todo o fim do amor é triste/ porque não é o fim do amor/ é como tentar se matar/ sem acabar com a vida/ saída clandestina/ pra se poupar passagem/ pra se poupar despesa/ pra se poupar trabalho/ Todo o fim do amor é sorte/ porque não é o fim do amor/ correr sem sair do lugar/ como num pesadelo/ reconhecer no espelho/ não mais que uma miragem/ o que nos dá tristeza/ apenas espantalho/ Todo o fim do amor é medo/ porque não é o fim do amor/ é como não saber nadar/ se afogar no tédio/ mesmo depois de velho/ ser mesmo uma paisagem/ que passa sem surpresa/ tentar pegar atalho/ Todo o fim do amor é sempre/ porque não é o fim da dor/ é como acabar com o amor/ antes do fim do enredo/ estragar seu mistério/ acreditar na imagem/ vestido de princesa/ tecido de retalho.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Coisas que Porto Alegre Fala

Fotos do Coisas Que Porto Alegre Fala,
espetáculo que bateu o recorde de público para teatro no Rio Grande do Sul.
Auditório Araújo Viana, 19 de maio de 2013.
Direção de Marco Carvalho.
No elenco: Gisela Sparremberger, Juliana Thomaz, Cristiano Godinho e Lucas Sampaio.
Participação especial de Ricardo Macchi

Para ver todo o álbum, visite: https://plus.google.com/photos/115458960140286418399/albums/5881028876809563377