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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Minhas Marianas



Minhas Marianas

Tenho três, mas cada uma.

O nome anuncia: não é Maria.
Atrás da palavra vem mulher que fica além de um nome, inominável.

Mariluz
Marilinda
Marissol


Mariluz
Que se fez a amiga mais acesa, a mais comigo, as ideias mais arrojadas, o melhor inglês, os amores mais novos e inéditos.
Chegou com proposta súbita de Rio, inaugurou em mim a possibilidade da medicina, de amor de mulher e não menina.

Marilinda
Sorriso mais que aberto, estrada mais florida, o corpo mais forte, o pensamento mais agudo e a fala límpida
– por isso acham que é estrangeira.
Daqui, ela não é.
Os cabelos perfumados, companheira adocicada de lírio, damasco e doce leite, deleite.

Marissol
Poesia da pura, escuderia armada a defender seus fracos, encarnação de Minerva, de Freya – mitologia que já me vestiu tão bem.
Marissol cresce ao violão, sorri dentro da fala séria, abre-se, encanta, é uma hipnose. Diz, discursa, admite, finca o pé. Engoliu o sol.
É uma inabalável no amor. Me lê e me adivinha e me tem toda a seu dispor.

Hoje vi que não pode ser coincidência, isso não existe.
Mariana é nome que já vem sagrado.
O que sinto por elas mostra que sou maior do que penso.
Eu cresço para poder amá-las com latifúndio.
Mariana é nome de um reino.
Porque dentro de mim elas se colocaram,
e quando vejo já me botei lá dentro do Maria.
Maria Luz, Maria Linda, Maria Sol.
(são minhas, podem dizer o que quiser.
Eu nem tô.)

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