Freud e sua Jofie |
Uma manicure ou um padre ouvem você até o final. Ser escutado é muito bom e alivia.
Os amigos sabem ainda melhor: se colocam no seu lugar. Eles se identificam e imaginam como seria se acontecesse com eles. Alguém que compartilha do que você sente é importante e ajuda quando estamos sofrendo. E mais: uma terapia de bar é maravilhosa. Você sai rindo dos problemas e, mesmo dormindo pouco, acorda com energia e gratidão por estar vivo e por ter amigos.
Conviver é um discreto milagre.
Então, para que serve um terapeuta?
Um terapeuta ouve você até que termine de contar o que aconteceu, como no confessionário ou no salão de beleza; um terapeuta tem empatia e, com sorte, bom humor — como seus melhores companheiros de longa data.
Mas o terapeuta, além de gostar de você, tem um conhecimento específico: ele entende um pouco mais sobre a alma do que a maioria das pessoas. Tipo um filósofo, mas com vontade de ajudar. Terapia não é para ser menos do que outras conversas; não é para ser estéril, nem técnica, nem chata — muito menos gélida.
Terapia é uma amizade que dissipa as nuvens.
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