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quarta-feira, 25 de abril de 2007

A Lavadeira


Enfim a máquina se pronuncia
A bater-se toda
Debatendo-se com os giros internos
Com o sifão a rodar
E a exaurir-se das lágrimas e do sabão
Finda a roupa suja
Ficam os vapores de amaciante
A amaciar o ar e os tecidos
Alvejo a vida certa
Lavo-me com sabão
Feliz, feliz, feliz (?)
Ensaboa, branquela, ensaboa
Ensaboa!
Tô ensaboando.
A ver se tiro os detritos
E dejeto-os de vez.
Mas alveje só:
Parece que não se findam
Sou um encardume
Ou brancura
É coisa que não tem.

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