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terça-feira, 22 de maio de 2007

A Flor do Querer

Madrugada adentro

em mar digital

Uma capital, Outro serrano

E passou mais de um ano

Nas horas de encanto

Nas horas do encontro

Que foram vinte e poucas

De boca sem roupa

E vinho com bolhas

Despido da rolha

Onde a luz nos faltou

(e o copo entornou)

Sobrou-nos a chama

O sofá e a cama

O monomotor de vento

E o tempo mais lento

Perdido no espaço

No oco do abraço

Em milhas de pele

Que à boca compele

O seu percorrer

O meu decorrer

De volta à estrada

A nova jornada

Que a culpa resvala

E a curva revela

Que aflora o querer

Onde mora o prazer.

Um comentário:

  1. cheio de espinhos
    o caule
    dessa flor do querer
    e eu todo sangrando

    te amo.

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