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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ruim Necessária


Minha poesia
Um bando de traços em revoada
Passarada sem cobertura do rumo
Grupamento do palavreado pro forma
Com ausência de significado íntimo

Minha banalização da junção fonética
Aparelhamento vácuo de não querer dizer
Dispersão estética de termos expostos
Em moderna instalação da Bienal

Os obstáculos que com indelicadeza escrevo,
As coisas que interponho por inaptidão:
Buscando a melhor via expressiva,
Termino obliterando a vazão.

Não abriria a gaiola,
Não (ar)riscaria,
Não anotaria o juízo
ou profanaria a poesia

Não fosse o silêncio me faltando,
Não urgisse o feriado nacional de mim mesma,
Não carecesse tanto do ponto facultativo
que de outro modo não vêm.

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