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sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Termina o dia.
Eu, a esmo.
Subitamente desocupada.
Uma liberdade tão ensurdecedora
Que nem me ouço.
Acabaram os compromissos, de repente.
De repente, vejo porque sou tão compromissada.
Eu lido tão mal com o vazio súbito
Parece que desperdiço a vida
(O nome disso não é TAG (ansiedade generalizada), que saco!)
É uma fome de viver
Uma consciência quase permanente da presença definitiva da morte
A morte que talvez, seja o segredo dessa vida (diz Raul)
Não que me interesse por ela
(às vezes, sim, claro)
Mas, hoje, particularmente
Um movimento em estalo de buraco
...

É a ausência tua
Logo vejo

(ai, que me cago en el amor)

É um rombo
Da falta que fazem as coisas minhas que só existem contigo
Que unicamente assim as tenho
Que só quando estou com-igo-tigo
Que só quando nós
.
Como pode o peixe vivo
viver fora d´água fria
Como poderei viver
Sem a tua companhia?

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