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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Pequena Morte

Num espaço silencioso, dentro,
uma espera contínua, por dentro da pele,
aguardando a vertência,
a minunciosa saída que acontece sempre que me toca.
Existe uma conexão com a pele tua, um segredo que se revela, um estado diferenciado de consciência, uma sub-existência que também é superior: prova de que nada existe fora que não dentro.
A agudeza que dói quando não está,
quando lembro que não sei se voltará.
Volta pela qual não deixo de ser espera.
A essência feminina em mim, calada, querendo
- que o ventre crie ou que se recheie,
que me preencha,
que me neutralize,
que me penetre
(dome, doutrine, castigue,
reúna, mastigue, lave,
acuda),

que me mate.

Porque depois eu sairei viva, mais viva, e ainda mais só.

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